Morte de fernandopolense revive preocupação com venda de “buzinas”

20 de Agosto de 2025

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Morte de fernandopolense revive preocupação com venda de “buzinas”

A morte do jovem Luciano Zaparoli, de 33 anos, no fim da tarde de ontem, 3, reviveu uma preocupação antiga: a venda livre e irrestrita das chamadas buzinas de Carnaval. Isso por que informações preliminares apontam que o jovem teria vindo a óbito após inalar o gás do artefato, utilizado por alguns apenas para fazer barulho e por outros como uma droga alternativa.  
As reais causas da morte de Luciano, que era filho do saudoso Tom Zé, ex-provedor da Santa Casa de Fernandópolis, só serão esclarecidas após o exame necroscópico, que deverá ser feito em Rio Preto, já que Fernandópolis ainda segue sem técnico de necropsia. No entanto, seja qual for a causa atestada no laudo da perícia, só a possibilidade levantada preliminarmente serve como alerta. 
A buzina, encontrada facilmente em qualquer loja de utilidades, nessa época do ano, pelo preço médio de R$ 7,99, e vendida livremente para crianças e adolescentes, se tornou a droga da moda justamente pelo baixo custo e pelo forte efeito alucinógeno ao ter seu gás inalado.
A droga alternativa foi descoberta em meados dos anos 2000, substituindo o até então popular lança perfume, que teve sua venda restringida. O gás de buzina, quando inalado, provoca tontura e alucinações. O problema é que isso ocorre a – 20º C e gela as vias aéreas.
A inalação deste gás pode substituir por alguns segundos o oxigênio que vai ao cérebro. Isso causa tonturas, alucinações e euforia, o chamado “barato”, que se procura nas drogas. No entanto, a queda da quantidade de oxigênio pode causar desmaios, convulsões e até a morte.
O horário do velório e do enterro de Luciano Zaparoli ainda não foram divulgados pela família.