Nem 12 meses, como Chico Arouca queria, e muito menos 60, como pretendia a Prefeitura. A Câmara Municipal aprovou sim o parcelamento de débitos do município para com o IPREM – Instituto de Previdência Municipal –, porém só apenas a apresentação e aprovação de uma emenda que prevê este parcelamento em 36 meses.
Assim como na sessão extraordinária do último dia 20, quando a temática entrou em discussão e foi adiada, o projeto gerou uma intensa discussão entre os edis.
Os que defendiam o parcelamento em menor tempo assim o fizeram, segundo eles, preocupados com a saúde financeira do IPREM e com o argumento de não deixar grandes dívidas para o futuro.
“O que vejo nessa situação é apenas protelar. Esse é o quarto parcelamento. Nessa filosofia de parcelamentos, assim começou a FEF, quebrou, depois a Santa Casa, também quebrou. Por isso sou favorável ao parcelamento em 36 meses, pois hoje se aperta um pouquinho aqui e ali, para não se protelar”,
Diante das palavras de Humberto Machado, Maurílio Saves o questionou: “Então o senhor se arrependeu de ter aprovado o parcelamento lá atrás?”, questionou. “Não”, respondeu Humberto. “E porque que antes podia e agora não?”, completou a pergunta Maurílio. “Mas hoje também pode”, retrucou Humberto. “Mas é essa a questão, por que o senhor é contra?”, completou Saves.
Já os que defendem o parcelamento em maior prazo, alegam que o parcelamento em menos meses inviabilizaria o trabalho do Executivo municipal, com a possibilidade inclusive de faltar recursos para o pagamento de salários. O que seria a intenção da oposição.
Sem dinheiro não tem como atender ninguém e nós não vamos penalizar a prefeita não, mas sim a população. Tirando os percentuais obrigatórios para saúde e educação, além da folha de pagamento, sobra menos de 2% do orçamento para investimentos em manutenção, tapa buraco, etc. Com a aprovação dessa emenda, quase tudo isso vai para o IPREM e o resto, para tudo? É isso que os senhores querem? A gente tem que pensar na cidade e não em questões políticas”, ponderou Saves.
Após toda a discussão, a emenda de parcelamento em 36 meses foi aprovado por oito votos (Chamel, Gustavo, Baroni, Valdir, Humberto, Neide, Chico e Ademir) a quatro (Maurílio, Salvador, Gilberto e Arnaldo) e na sequência o projeto foi aprovado por unanimidade.