A ação destrutiva de vândalos quase pôs fim no sonho de Fernandópolis de receber voos comerciais. Por coincidência, justamente no dia em que o técnico da ATOL Consultoria Ambiental, veio a cidade para realizar a vistoria técnica de elaboração de relatório de controle ambiental e do plano de controle ambiental para a reforma e ampliação do aeroporto municipal, um dos locais que seriam vistoriados, foi incendiado criminalmente.
A vistoria técnica tinha como objetivo analisar a rota de pouso e decolagem de aviões o que inclui o Ecoponto municipal instalado na avenida Teotônio Vilela, atrás da FEF – Fundação Educacional de Fernandópolis.
Acontece que, justamente na data da visita, quarta-feira, 27, vândalos atearam fogo no Ecoponto, o que deixou a visão da pista do aeroporto comprometida em decorrência da fumaça. A Prefeitura, por sua vez, acionou a Polícia Técnico Científica que constatou o incêndio criminoso, já que o fogo foi ateado em diversos pontos do terreno, o que demonstraria que o intuito era de que toda a área queimasse.
Por sorte, quando as chamas tomaram toda a área, a vistoria local já tinha sido feita o que pode não prejudicar o projeto. No dia seguinte, quinta-feira, 28, toda cidade amanheceu tomada pela fumaça.
FURTO
No mesmo dia do incêndio, só que durante a noite, mais de três mil metros de cabos foram furtados da fiação subterrânea da Avenida Getúlio Vargas a deixando às escuras. O furto da fiação também foi registrado na polícia, porém nenhum suspeito, a exemplo dos incendiários, foi localizado.
O prejuízo foi estimado em pelo menos R$ 6 mil e a substituição dos cabos foi iniciada na tarde de ontem, 29. Até o fechamento desta edição ela não havia sido concluída.
MAIS VANDALISMO
Os casos de vandalismo contra patrimônios públicos na cidade têm se multiplicado nos últimos tempos. Em junho do ano passado, por exemplo, um dos únicos locais que poderia um dia se tornar ponto turístico em Fernandópolis, sofreu um duro golpe, que quase lhe extinguiu.
Vândalos, sem motivo aparente, destruíram a porta de concreto que controlava a vazão da represa “Beira Rio” e grande parte de sua água se perdeu.
A depredação – realizada provavelmente com uma marreta ou similar -, por pouco não ocasionou a mortandade dos peixes da represa e bolsões de areia se formaram onde outrora só se via água.
Foi necessário um trabalho emergencial da secretaria de Meio Ambiente para que ela não secasse e este trabalho ganhou o reforço das chuvas que colaboraram para sua sobrevivência.
E não parou por aí. Só em 2015, a Prefeitura de Fernandópolis registrou mais de 20 ocorrências de depredação do patrimônio Público, o que chegou a ser cogitado como sabotagem pré-eleitoral.
As obras de construção do PSF do Rosa Amarela, por exemplo, mal foram concluídas e já tiveram que receber novas vidraças por duas vezes. A unidade do jardim Rio Grande também teve os vidros quebrados e na UPA – Unidade de Pronto Atendimento -, não sobrou um único vidro inteiro.
A destruição também chegou às recém-instaladas academias a céu aberto. Praticamente todas já receberam a “visita” dos vândalos. Alguns equipamentos foram arrancados de sua base de concreto, outros quebrados e alguns serrados, mas a que mais foi depredada foi a própria academia Beira Rio, que além de quebrada teve equipamentos roubados.
Procurada, a Prefeitura de Fernandópolis informou que está tomando providências para tentar coibir o vandalismo. “Licitamos e contratamos uma empresa especializada em vigilância, para que tomem conta de nosso patrimônio e ao mesmo tempo já estamos realizando a eliminação dos pontos escuros, para que as pessoas que fazem esse tipo de coisa não se escondam na escuridão”, afirmou a nota à época.
Essas medidas ainda não parecem ter surtido efeito.