Se por um lado os agricultores de Fernandópolis comemoram um mês de janeiro proveitoso em relação às chuvas para aguar as plantações, alguns moradores lamentam pelos desastres causados pela força da natureza. Como de praxe, o início de janeiro é marcado pelas chuvas intermitentes, que nos últimos anos tem aumentado gradativamente.
No ano passado, apenas nos primeiros cinco dias do ano, a quantidade medida por milímetros já era superior ao acumulado do mês inteiro em 2014. Foram 76mm na ocasião.
E de acordo com as informações pluviométricas do CEMADEM – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais-, cujo equipamento está instalado no prédio do Paço Municipal, na Rua Bahia, a crescente deverá ser mantida em 2016.
Se comparada as primeiras quinzenas de 2015 e 2016, é possível perceber que este ano as precipitações pluviométricas tem larga vantagem. Nos primeiros 15 dias de 2015 foram registrados 106,6mm de chuva, valor inferior aos 164,2 de 2016.
Se seguir essa média de 10mm por dia, o mês de janeiro já poderá ser considerado o mais chuvoso dos últimos anos. Em 2015, no acumulado do primeiro mês do ano foram registrados 182,4mm, de acordo com o referido pluviômetro.
Nesta semana, moradores dos bairros da zona norte da cidade, do Jardim Paraíso, principalmente, tiveram prejuízos com móveis que ficaram danificados. Já no Bairro da Brasilândia a parede da casa de uma idosa desabou. Ainda assim, os prejuízos trazidos pelas chuvas são ínfimos se comparados com outras cidades da região. Em Catanduva, Catiguá, Pindorama e São José do Rio Preto, por exemplo, o Corpo de Bombeiros segue em estado de atenção em virtude do rio São Domingos, que corta Catanduva e outras cidades da região, ter transbordado em alguns pontos e alagado casas.
“Estamos na época de chuvas. Todo verão é assim e Fernandópolis é uma cidade privilegiada pela sua posição geográfica. Não temos nenhum rio cortando ou passando pela cidade, mas sempre tem um muro que cai, uma infiltração, uma galeria entupida, enfim, a orientação é de que o munícipe verifique dentro de seu quintal se a saída de água está funcionando normalmente; se a do vizinho também está; se ao lado ou ao fundo da residência não tem água empossando e causando assim uma possível infiltração; se o muro das divisas está em bom estado; se a galeria em frente sua casa não está entupida e ainda, evitar andar de carro ou moto durante às chuvas intensas, a fim de evitar acidentes”, orientou o chefe de Defesa Civil de Fernandópolis Flávio Coppi.
E no que depender das previsões do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia-, as chuvas diárias devem continuar ocorrendo, no mínimo até segunda-feira, 18. A previsão do tempo para o final de semana é de dia nublado com pancadas isoladas de chuvas e trovoadas.