Votuporanga firma convênio para contratação de auxiliar de necropsia

Fernandópolis ainda não...

20 de Agosto de 2025

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Votuporanga firma convênio para contratação de auxiliar de necropsia

A Câmara Municipal de Votuporanga aprovou na terça-feira, 24, um projeto que autoriza a Prefeitura de lá a firmar convênio com o Governo do Estado para a contratação emergencial de um auxiliar de necropsia, já que a cidade vizinha está sem o profissional desde junho, o que os obriga a mandar os corpos de vítimas de acidentes e/ou crimes para o IML – Instituto Médico Legal - de São José do Rio Preto.

A situação da vizinha cidade é idêntica a de Fernandópolis, que também está sem auxiliar de necropsia há meses, no entanto, a movimentação e união política que existe a 30km daqui, trará resolutividade ao problema, enquanto aqui, apenas lamentações.

De acordo com a coluna “Anote Aí” do jornal A Cidade de Votuporanga, a temática já era tratada como urgente há tempos, tanto é que a iniciativa tem dois “pais”.

“Eliezer Cesali, que liderou esforços para a vinda do auxiliar, não esconde a frustação de ter tido o pedido para a contratação do auxiliar negado por meios burocráticos, enquanto o colega, Edison do Santa Cruz, conquistou o convênio em conversa ao pé do ouvido com o governador”, relatou o editorial do jornal.

NAS COSTAS DA POPULAÇÃO

Voltando para Fernandópolis, além do transtorno do translado para Rio Preto, da espera e dor dos familiares, as despesas também recaíram sobre as costas da população. Isso porque a Câmara Municipal de Fernandópolis considerou ilegal um projeto da Prefeitura que pedia autorização para o custeio do translado.

A justificativa para o parecer contrário ao Projeto é a ilegalidade, uma vez que, segundo o Legislativo, há ausência de competência do município para a realização das despesas, bem como a existência do devido instrumento de cooperação entre a Fazenda do Estado de São Paulo e o município de Fernandópolis, passível de legitimar a transferência dos encargos estaduais para o ente municipal.

A FALTA

O auxiliar de necropsia que atuava na cidade e região foi transferido para São José do Rio Preto. Sem o profissional, as vítimas de acidentes fatais ou crimes têm de ser transladadas para lá para passarem por perícia.

A medida, provisória segundo os representantes do IML, visa evitar que os familiares das vítimas tenham que esperar horas e até dias para ter a liberação do corpo para o enterro, como aconteceu em janeiro deste ano com os familiares e amigos de Paulo Donizete dos Santos, o Paulinho da Prefeitura, que tiveram que aguardar mais de 12 horas para poder velá-lo.