O advogado, ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Fernandópolis, Ricardo Franco de Almeida, assinou essa semana sua ficha de filiação ao PMDB, após uma ligeira passagem pelo PTB. O polêmico político, que já chegou inclusive a ser candidato a prefeito e vice, há tempos estava afastado dos pleitos eleitorais, mas colocou seu nome à disposição do partido para as eleições do ano que vem.
Ricardo Franco iniciou sua vida política nas fileiras do PMDB, que à época ainda era MDB, nas eleições de 1982, quando foi o vereador mais votado daquele pleito, com mais de dois mil votos.
“Sempre fui do PMDB e decidi deixar o partido depois que nas últimas convenções eu sequer fui convidado para participar das decisões e como não pretendia ser mais candidato, acabei aceitando o convite do PTB. Porém, conversando com um membro partido, que me explicou o que havia acontecido e por ter a minha vida ligada ao PMDB, resolvi assinar novamente a ficha de filiação”, contou Franco.
Sobre suas pretensões para as próximas eleições, Ricardo Franco garante que seu nome está à disposição, mas irá aguardar a posição do partido.
“Se você me perguntar se eu amo política, vou responder: lógico. Mas acontece que estou retornando ao PMDB e quando se faz parte de um partido, você tem que, em primeiro lugar, ver o que os membros do diretório vão decidir. Não se pode, por afoiteza, por uma vaidade pessoal, sobrepor-se a uma união interna do partido que deverá sim, lançar um candidato ou fazer as coligações. Sou na verdade um soldado, se falarem assim: você tem que ser candidato a vereador para ajudar o partido, vou pensar. Se me falarem para ser candidato a prefeito, também irei pensar. Não estou dizendo sim e nem que não”, afirmou.
ELEIÇÕES 2016
Perguntado sobre a conjuntura das eleições do ano que vem, Ricardo Franco afirmou que se as coisas continuarem como estão, dificilmente alguém tirará a reeleição da atual prefeita, Ana Bim.
“Falo com tranquilidade, pois não sou amigo e nem inimigo da senhora prefeita. Vamos nos ater aos números: ela foi vice do senhor Rui Okuma e eles tiveram 12 mil votos, a grande maioria do Rui, mas uma parcela importante dela também. Com o falecimento do Okuma, ela assumiu a prefeitura e depois foi para a reeleição em 2008 quando teve 16 mil votos, perdendo para o ex-prefeito Vilar por 800 votos. Em 2012 foram os mesmos dois candidatos e a prefeita atual aumenta a sua votação para 16.800 votos e o senhor Vilar perde por 800 votos. Então, nenhum ser pensante vai subestimar a força da senhora prefeita. Ela parte de um patamar de 13 mil votos tranquilamente. Ora, se aqui se tem um universo de 40 mil votos, dos quais se jogam 10 mil fora, se dividirmos os 17 mil que sobram do lado contrário em demais candidatos, a prefeita vai ser reeleita. Agora se surgir no decorrer dessa caminhada um candidato que tenha um conhecimento prático-administrativo, do próprio meio empresarial, da própria sociedade e que consiga ao mesmo tempo ser simpático à classe D e C, certamente a senhora prefeita ficará em dificuldades para a reeleição”, concluiu.