Prefeita define essa semana quais secretários devem cair

20 de Agosto de 2025

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Prefeita define essa semana quais secretários devem cair
Depois de mais de 30 dias de análise, a Câmara Municipal de Fernandópolis aprovou o projeto de autoria da prefeita Ana Bim que reduz o número de secretarias do poder Executivo municipal. Com a aprovação, a prefeita já pode definir quem fica e quem sai de seu secretariado.

A iniciativa, que almeja uma economia de mais de R$120 mil por ano, afetará diretamente oito secretarias e poderá custar o emprego de quatro secretários, caso eles não aceitem serem realocados em cargos comissionados com menores salários.

Isso porque após a sanção da prefeita ao projeto, a secretaria de Gestão, que era comandada por Fábio Fernandes, será incorporada à secretaria de Planejamento, de Edson Damasceno. O mesmo acontecerá com a secretaria de Esporte, de Rodrigo Garcia e Cultura, de Vic Renesto, Agricultura, comandada por Vitor Moita e Meio Ambiente, por Tais Moita, além da pasta de Obras, de Eduardo Medrado que será juntada a de Infraestrutura, de Osmar Guireli.

A decisão ficou um pouco menos complicada para a prefeita com a saída de Fábio Fernandes, que segundo consta, nada tem a ver com a redução de secretarias. Fábio pediu exoneração essa semana para tratar de interesses profissionais o que deixou a secretaria de Gestão e Planejamento livre para Edson Damasceno.

A inciativa pode ocasionar ainda a perda de mais alguns aliados numa possível tentativa de reeleição da atual prefeita. Isso porque envolve diretamente oito funcionários do primeiro escalão e visa à eliminação de quatro secretarias, que na maioria das vezes são utilizadas como moeda de troca na busca por apoio no pleito eleitoral.

“Assim que chegar de viagem já tomarei essa decisão e comunicarei a todos. Sei que politicamente essa medida não será boa para mim, mas não posso pensar apenas em política, não posso ser irresponsável, como alguns foram, e deixar uma dívida impagável para a Prefeitura. É preciso cortar na própria carne e vamos fazer o que for preciso”, disse a chefe do Executivo, por telefone.

NA CARNE MESMO

Além do corte de secretarias, a prefeita também suspendeu temporariamente seu próprio salário e dos secretários com o intuito de, pelo menos, conseguir pagar em dia o salário do funcionalismo municipal. A medida foi anunciada em outubro, sendo que esse mês, ela e todo seu primeiro escalão de governo já não receberam seus vencimentos.

E não parou por aí. A crise econômica do município é tão complexa que, mesmo com todas essas medidas, ainda foi preciso baixar um decreto com uma série de medidas emergenciais de economia, entre elas, a restrição de veículos oficiais em feriados e fins de semana; redução de afastamento e seção de servidores; redução da concessão de licenças para tratar de assuntos particulares; redução do consumo de energia elétrica de no mínimo 20% em todos os setores; instituição do controle centralizado da frota municipal; controle e racionalização de xerox; restrição de ligações telefônicas de fixo para celulares e interurbanos; suspenção de eventos que impliquem em novas despesas; restrição de diárias e valores para viagens; horas extras só para atividades imprescindíveis; etc.

MAIS UMA BAIXA

Além das baixas que já tiveram em seu grupo político ao longo do mandato e das quatro que terá agora, a prefeita perdeu ainda mais um importante aliado político, o ex-prefeito Milton Leão. Ele foi exonerado por Ana Bim no começo do mês deixando vago o cargo que ocupava na pasta de Desenvolvimento.