Na última semana a prefeita de Fernandópolis Ana Bim tomou mais uma atitude em função da difícil realidade dos cofres municipais, suspender o próprio salário e dos secretários municipais. A decisão valerá a partir deste mês e não há prazo determinado. A atitude já vinha sendo estudada e na última semana foi discutida com os secretários municipais que entenderam a gravidade da situação.
Devido à diminuição do valor de repasse do FPM – Fundo de Participação do Município (38%) e a baixa arrecadação de impostos neste segundo semestre, a administração municipal tem tido que priorizar pagamentos, como por exemplo, o salário de servidores, repasse a Santa Casa, empresa de Coleta de Lixo e aquisição de medicamentos.
Outras medidas já haviam sido tomadas. No dia 25 de setembro, a prefeita publicou decreto com diversos itens que visam economia e otimização dos gastos públicos como: redução do consumo de energia elétrica em 20%; controle e racionalização de cópias reprográficas, com redução de 20%; restrição de ligações telefônicas de fixos para celulares e interurbanos em geral; desligar os equipamentos quando não estão sendo utilizados e prestação de horas-extras somente para atividades imprescindíveis, devendo, o Secretário da pasta, reduzir os gastos em 20%.
Além disso, um projeto para o corte de quatro secretarias municipais, também foi enviado a Câmara Municipal e aguarda aprovação. De acordo com o projeto, a secretária de Gestão será incorporada a de Planejamento, a de Meio Ambiente a secretaria de Agricultura, a de Obras incorporada a de Infraestrutura e a de Esportes a secretaria de Cultura. Com a mudança, quatro cargos de secretários serão extintos e os profissionais remanejados para outros cargos administrativos de menor remuneração. Os nomes dos secretários que deixarão os cargos só serão definidos após aprovação do projeto na Câmara.
“Todos os secretários foram solidários e entenderam a medida, eles acompanham diariamente os gastos públicos e sabem das dificuldades. Isso mostra que são pessoas comprometidas com a administração e com a cidade”, disse a prefeita.
Recentemente, a prefeita participou do congresso da AMA – Associação dos Municípios da Araraquarense onde a crise econômica que atinge as prefeituras foi um dos principais temas. Uma das maiores preocupações destacadas pelos prefeitos no congresso foi à folha de pagamento dos servidores.
“No congresso da AMA pude ver que esta situação tem afetado os municípios de modo geral e que em muitos casos, os prefeitos já não têm recursos para honrar o pagamento dos servidores. Graças a Deus, e ao empenho de toda uma equipe, ainda estamos conseguindo efetuar parte dos salários em dia e a outra, com o menor atraso possível”, explica a chefe do Executivo.