O juiz Vinicius Castrequini Bufulin imterrompeu o júri do médico Luiz Henrique Semeghini, por uma hora, para que os jurados, advogados e todos os interessados no processo pudessem almoçar.
Antes do intervalo, foram ouvidas mais duas testemunhas, o juiz aposentado Hilton Marzoc e o psiquiatra forense Guido Palomba, todos arrolados pela defesa do médico.
O primeiro deles a ser ouvido foi Marzoc, que, em seu depoimento, disse que Semeghini não matou &39;santa&39;, afirmação que já teria feito à mãe de Semeghini, na frente da filha de Simone.
Segundo o magistrado, as informações de que a vítima tinha um caso com o empresário Antonio Assis eram recorrentes e que as condutas dela eram desrespeitosas para com o marido. Ele chegou a contar em julgamento, que certa feita, seu ex-sogro, que trabalhava na Cesp, teria a visto flertando com um funcionário da empresa que estava fazendo a manutenção da rede elétrica em frente sua casa.
“Ficava saindo no portão e dando &39;sorrizinhos&39;, flertando com o jovem que era bem apanhado”, contou o magistrado que afirmou ainda que uma dentista teria dito a ele que Simone teria falado a ela que as correções cirúrgicas que tinha feito não eram para o marido.
Após as perguntas do juiz e da defesa, o assistente de acusação, Fernando Jacob Filho, lhe fez apenas uma pergunta. “O ex sogro que disse ter visto essa cena trabalhava com o atual sogro do réu , o ex-prefeito Luiz Vilar, que era gerente da Cesp?”, questionou.
O juiz aposentado, que já foi condenado por agredir a ex-esposa, respondeu que sim, mas ponderou que os dois trabalhavam em setores diferentes e não tinham amizade.
Depois de Marzoc, foi a vez de Palomba falar em júri, onde explanou os motivos técnicos que o levaram a produzir um parecer afirmando que Semeghini havia cometido o crime sob forte emoção. Seu depoimento, totalmente técnico durou quase uma hora.