Primeiro repasse do FPM vem 38% menor e compromete as contas da Prefeitura

20 de Agosto de 2025

Compartilhe -

Primeiro repasse do FPM vem 38% menor e compromete as contas da Prefeitura

Foi creditado na última quinta-feira, 10, nas contas das prefeituras brasileiras, o repasse do FPM - Fundo de Participação dos Municípios - referente ao 1.º decêndio do mês de setembro de 2015. O montante foi 38% menor do que o esperado e desestabilizou as contas da maioria dos municípios, inclusive a de Fernandópolis.

De acordo com a secretária municipal da Fazenda Maria Regina Menis, a queda no repasse não era esperada e comprometeu a cronologia de pagamentos, inclusive do funcionalismo.

“Não é muito diferente da nossa casa. Você tem um salário fixo e sabe que tal dia ele estará disponível para que possa pagar suas contas no supermercado, as contas de água, luz, aluguel, etc. No entanto, quando você vai receber, seu patrão, sem dar explicações e sem avisar anteriormente, te paga apenas 60% do que teria direito. O que você faz? Pois é, estamos neste dilema também”, explicou Regina.

E a previsão, segundo a CNM – Confederação Nacional dos Municípios – é de que a partir de agora as quedas abruptas sejam frequentes.

“A Confederação Nacional de Municípios mantém o alerta aos gestores que tenham cautela e prudência na execução de suas despesas. A perspectiva é de queda no repasse agregado do mês de setembro”, afirmou a CNM em comunicado enviado às prefeituras de todo país, inclusive a de Fernandópolis.

A situação pode ocasionar, segundo a secretária da Fazenda, atrasos no pagamento de fornecedores e se a situação não melhorar, até no pagamento do funcionalismo, como aconteceu este mês, onde o pagamento teve de ser fracionado.

“Os municípios ficaram comprometidos. Já estava apertado para fazer o pagamento, aí estávamos esperando um montante e veio um terço do esperado. Isso é uma bola de neve. Vai ficando fornecedor para trás, acaba acontecendo o que aconteceu este mês, quando tivemos que fracionar a folha pagamento. É uma situação muito complicada”, concluiu Regina.