Unicastelo apresenta sua versão sobre reportagem do Fantástico

20 de Agosto de 2025

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Unicastelo apresenta sua versão sobre  reportagem do Fantástico

O ego dos fernandopolenses, que há alguns meses só recebia afagos, no último domingo, 23, foi castigado. Quem acompanhou o programa Fantástico, da Rede Globo, ficou surpreso com a notícia de que o curso de medicina da Unicastelo de Fernandópolis estaria entre os três piores do estado de São Paulo. E a surpresa veio acompanhada de confusão, afinal, recentemente o MEC – Ministério da Educação – atribuiu nota 4, de uma escala que vai até 5, ao mesmo curso mencionado na reportagem. Como isso é possível? A resposta é basicamente simples: a emissora de TV se baseou nas notas da prova da CREMESP – Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo -, teste não obrigatório e, por isso, muitas vezes feito com displicência pelos egressos.  Depois da veiculação da reportagem, o tema foi um dos mais comentados na cidade, o que motivou CIDADÃO a procurar a reitoria da universidade para que apresentasse a sua versão sobre os fatos. Quem fala é Amauri Piratininga, coordenador geral do Campus fernandopolense.

 

Qual o posicionamento oficial da Unicastelo sobre a reportagem do Fantástico, da Rede Globo, sobre o curso de medicina da universidade?

Recebemos a reportagem do Fantástico no Campus de Fernandópolis, e prestamos todas as informações necessárias para que o trabalho jornalístico fosse realizado, inclusive franqueamos a visita a todos os espaços e à estrutura desta IES. Cremos que houve equívoco na informação. Com efeito, a nota 2 do ENADE retrata uma situação pontual de 2013, e hoje a situação não mais subsiste, o cenário inclusive se mostra totalmente diferente daquele período. As dificuldades foram superadas, e dentre uma escala de 1 a 5, o curso foi renovado o seu reconhecimento por uma Comissão de Especialistas de Avaliadores “in loco” do INEP a pedido do MEC, no mês de Fevereiro de 2015, onde recebemos o conceito 4.

O curso de medicina de Fernandópolis foi avaliado com nota 4 pelo MEC, numa escala que vai até cinco. Como explicar que apenas 23% dos alunos de um curso tão reconhecido conseguiram passar na prova da CREMESP?

A Universidade respeita e corrobora as deliberações dos órgãos dos Conselhos Federal e Estadual de Medicina, inclusive no sentido da regulação da implementação do exame pelo órgão de classe, notadamente como instrumento para que as Escolas Médicas aperfeiçoem seus sistemas de ensino e avaliação. Por outro lado, no tocante a prova do CREMESP, aquele próprio conselho não divulga ranking nem resultado por alunos. O próprio Conselho Regional de Medicina nesta semana argumentou nos meios de comunicação que não publica o referido resultado. Prova disso, que este resultado não retrata a formação dos nossos alunos, e de que os egressos do curso de medicina da Unicastelo foram aprovados em diversos programas de residências médicas, quer desta Universidade, quer dentre outras inúmeras Instituições Públicas do país, a corroborar a boa formação médica.

Há certa displicência dos alunos em relação à prova do Conselho Regional de Medicina, tendo em vista que ela nada representa em sua carreira profissional?

Não há displicência dos alunos. Formamos bons médicos. O que existe é uma necessidade dos Conselhos construírem junto aos seus agremiados a inequívoca necessidade e importância do exame, tal qual ocorre com a OAB. A Universidade se preocupa com esta situação tanto é que na formação médica aprofunda nas questões da deontologia ética ao exercício da profissão e condutas médicas.

Qual a importância da prova da CREMESP na avaliação dos alunos do curso de medicina?

Reiteramos que esta instituição de ensino superior respeita e corrobora com as deliberações dos órgãos dos Conselhos Federal e Estadual de Medicina, notadamente de que a avaliação é vista como instrumento para aperfeiçoamento do seu sistema de ensino e avaliação.

Espera que tenha realmente sido um equívoco por parte da jornalista que se desprendeu de 5h de entrevista “in loco” para veicular tal informação?

Preferimos chamar de equívoco “endereçado”. Ou queremos crer que a informação que prestamos foi sonegada por outros interesses, porém não podemos admitir àquela notícia veiculada em rede nacional, pois destoa da realidade do curso de medicina e do trabalho desenvolvido por esta Universidade, notadamente por seu corpo docente. Fernandópolis e a Unicastelo tem incomodado muitas pessoas ou cidades, isso é fato, porém não vamos medrar e estamos avançando. O projeto da Mantenedora da Unicastelo, e com inequívoco trabalho da equipe da reitoria, grupo de coordenadores, professores, pessoal técnico administrativo e alunos é transformar esta Universidade, em todos os seus Campi, em Projeto 5, ou seja, buscar, a cada dia, a cada semestre que seus cursos sejam reconhecidos pelos órgãos regulatórios do MEC, com conceito 5.

Quais os principais pontos levantados por ela na entrevista?

O questionamento foi a nota ENADE de 2013, informamos das dificuldades enfrentadas e que os pontos frágeis estavam superados, notadamente porque fomos reavalidados pela Comissão de Avaliadores do INEP enviados pelo MEC, e nos aprovaram com conceito 4. Eu pessoalmente fui entrevistado por mais de uma hora e meia, o assistente pedagógico do curso, Prof. Dr. José Martins Pinto Neto, acompanhou a equipe, franqueamos acesso a toda a Instituição, salas de aulas, laboratórios, biblioteca, hospital, unidades básicas de saúde etc, por todo o dia, e o professor gravou também entrevista por mais de duas horas, e sequer essas falas, nossos argumentos foram transmitidos ou veiculados? Inaceitável, e no mínimo estranha a conduta.

Como estão lidando com o zelo pela imagem do curso e da universidade de maneira geral quanto aos familiares, principalmente, de graduandos da Unicastelo, inconformados e sedentos pela real informação?

Estamos integrados com toda a comunidade acadêmica, agremiações da sociedade fernandopolense, clubes de serviços, Associação de Amigos do Município de Fernandópolis etc, apoio incondicional das lideranças políticas, notadamente dos docentes, alunos (e não apenas da medicina), de seus familiares por entenderem que esta não é a realidade fática do curso de medicina da Unicastelo de Fernandópolis. A real informação é aquele já informada, e não foi fabricada, pois é de domínio público e consta do Portal do MEC, a disposição de todos os interessados. Há toda uma lisura e idoneidade ética, profissional e acadêmica do que está sendo construído por esta Instituição.

Quais estratégias estão sendo adotadas quanto ao gerenciamento de crise?

Somos transparentes e estamos fomentando a correta, real e veracidade das informações. Aliás as informações constam do banco de dados do Ministério da Educação a disposição de todos os interessados, bastando acessá-las para verificar de forma inequívoca o trabalho realizado e avaliado. Não há crise. O que existe agora é a reação de que Fernandópolis e a Unicastelo não se calarão quando veicularem notícias buscando desmotivar ou desmoralizar um trabalho sério de pessoas cônscias de suas responsabilidades, notadamente com o compromisso com a educação do ensino superior. Nos próximos dias teremos pautas positivas no âmbito desta Universidade. Aliás é a única Universidade de toda a mesorregião, o que é motivo de orgulho para Fernandópolis.

A faculdade irá notificar formalmente a emissora com pedido de uma retratação da matéria veiculada no último domingo, 23?

Esta questão está sendo tratada pelos órgãos superiores da Universidade. Um dos principais pontos elencados na reportagem foi a falta de leitos para estágios dos acadêmicos, apesar de neste caso não ter se referido a Unicastelo, em específico.

Esta Universidade após árduo trabalho realizado com uma equipe multiprofissional transformou a Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis em Hospital de Ensino regularmente avaliado e aprovado através do órgão regulatório de ação interministerial dos Ministérios da Saúde e da Educação. Por outro lado, a Unicastelo tem convênios com a Santa Casa de Fernandópolis - Hospital Ensino, Santa Casa de Jales, Hospital Estadual de Bauru – Hospital de Ensino, além da Santa Casa de Limeira – Hospital de Ensino, e São José dos Campos (esses dois últimos não estão sendo usados no 2º semestre de 2015). Portanto, temos mais 750 leitos à disposição dos graduandos. Na nossa Santa Casa temos leitos suficientes conveniados ao SUS, além do que estamos inseridos em toda a Rede Municipal de Saúde, atendendo o que está preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Medicina.

Como é tratado o estágio no campus de Fernandópolis? Há leitos suficientes?

A Universidade tem convênios com a Santa Casa - Hospital Ensino, Santa Casa de Jales, Santa Casa de Estrela D’Oeste, Hospital Municipal João Veloso em Ouroeste, Hospital Estadual de Bauru, além da Santa Casa de Limeira e São José dos Campos (esses dois últimos não estão sendo usados no 2º semestre de 2015). Portanto, temos mais 750 leitos à disposição dos graduandos do curso de medicina.

O que difere o curso de medicina da Unicastelo para os demais? Qual julga ser o diferencial para a formação acadêmica dos futuros médicos?

O curso de medicina da Unicastelo está estruturado em módulos e não em disciplinas o que permite melhor assimilação dos conteúdos programáticos. Seu corpo docente é formado por doutores, mestres e especialistas, comprometidos com a educação superior. Por outro lado, a inserção precoce dos alunos inicia-se a partir da segunda semana de aulas, no primeiro período em aulas práticas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em outros cenários de práticas; até o 8º período os graduandos tem aulas teóricas em sala de aula, atividades médicas, laboratórios de morfofisiologia (anatomia, histologia, por exemplo), UBSs, Santa Casa de Fernandópolis, e diversos outros equipamentos de saúde, sociais e educacionais (EMEI, CEMEI, EMEF, CRAS, UNATI), e do 9º ao 12º períodos se refere ao Internato do curso (estágio prático) onde os graduandos realizam atividades práticas em UBSs de Fernandópolis, na Santa Casa de Fernandópolis – Hospital de Ensino, Santa Casa de Jales e no Hospital de Bauru.  Temos um Hospital de Ensino reconhecido por meio de Portaria Ministerial com validade até 31/12/2015, o qual foi aprovado pelo MEC e Ministério da Saúde no ano de 2013, e diga-se de passagem, sem Termo de Ajuste e Condutas.  Utilizamos estratégias da “Metodologias Ativas” de acordo com o previsto no Projeto Pedagógico do Curso de Medicina, corroboradas pelas Diretrizes Curriculares - DCN aos cursos de Medicina.

O fato da matéria ter sido divulgada em rede nacional, denotando negativamente o trabalho de uma grande equipe envolvida com a formação de médicos na universidade, muda algo na rotina de trabalho? Confia plenamente que tudo está sendo executado como deveria?

Com certeza que a repercussão da matéria foi desagradável na comunidade acadêmica  (discentes, docentes e preceptores) pois trabalhamos buscando melhorias contínua no curso ao longo de sua história. A rotina de trabalho para o segundo semestre de 2015 já está delineada desde antes do início de semestre letivo e continuaremos com as nossas atividades conforme a programação prevista no projeto pedagógico do curso. Confiamos no trabalho que estamos desenvolvendo, mas como já afirmamos estamos em constante busca de melhorias, aperfeiçoando o uso de metodologias ativas e aprimorando os processos de avaliação teórica e prática nos diversos cenários de aprendizagem.