Foi publicado há pouco no site do TJ – Tribunal de Justiça – de São Paulo, a decisão do juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinicius Castrequini Bufulin, que manteve para hoje o julgamento do médico Luiz Henrique Semeghini, assassino confesso de Simone Maldonado, em 2000.
Acompanhe a decisão:
“As exceções de suspeição não ensejam a suspensão do processo penal, salvo excepcionalmente se concedido esse efeito pelo Desembargador Relator, o que não ocorreu (ao menos, não há informação diversa nos autos). No processo em curso, foram opostas quatro exceções de suspeição contra o Juiz Presidente do Tribunal do Júri, das quais somente uma foi julgada, já que as demais foram apresentadas recentemente. Em todas as oportunidades, o Juiz Presidente subscritor negou a pecha de suspeito, de interessado na causa, de parcial, deixando sempre claro que o seu único e exclusivo interesse (em verdade, dever) é ver o caso julgado, posto se tratar de causa madura há bastante tempo. A despeito do que possa ter compreendido o d. Defensor, não houve ataque pessoal ao réu ou ao trabalho desenvolvido pela defesa, porque não é papel do Juiz de Direito fazer julgamentos morais. As decisões foram baseadas em premissas lógicas que vem sendo manifestadas em vários feitos. A decisão que levou ao decreto de prisão do réu partiu do pressuposto lógico de que foi este, não seu defensor, quem poderia, em tese, ter interesse em corromper a testemunha Jorge. Essa decisão não prevaleceu no Tribunal de Justiça de São Paulo, que entendeu não haver qualquer referência ao réu nos documentos sobre a suposta corrupção, não podendo este responder por atos de terceiros. Acima do que foi decidido, porém, está a certeza de que a informação sobre a suposta corrupção foi juntada aos autos de forma válida e não poderia ser desprezada. Assim, não há razão para suspensão do julgamento. É como decido”, despachou o juiz.
