A greve por atraso de salários referentes ao mês de junho, feita por parte de um grupo de funcionários da Santa Casa se encerrou na tarde desta terça-feira, 21, após a entidade e o SinSaúde - Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde-, entrarem num acordo. De mãos atadas em virtude do atraso do repasse feito pelo SUS – Sistema Único de Saúde-, a provedora da Santa Casa, Sandra Regina de Godoy, conseguiu um adiantamento de convênios oriundos da Unimed e do Iamsp – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, de cerca de R$ 400 mil (R$ 309 mil por parte da cooperativa) e propôs o pagamento integral do grupo de funcionários do menor salário até até 1,3 mil mensais já nesta terça-feira, e chegou a um entendimento, garantindo o fim do movimento parcial grevista e a volta das atividades normais por parte dos cerca de 400 servidores. Vale lembrar, que deste montante, 30% mantiveram os serviços de urgência e emergência.
A outra proposta feita pela provedora ao presidente do SinSAúde, Aristides Agrelli Filho foi de efetuar o pagamento de todos os funcionários da Santa Casa de forma geral em 50% nesta terça -feira e o restante quando repasse do SUS estivesse na conta da entidade. Com a justificativa de que os enfermeiros, por exemplo, tem um sindicato espeçifico para representá-los e pelo fato de nem todos os servidores terem participado do movimento, os grevistas optaram por receber integralmente seus vencimentos de imediato. Eles reclamaram ainda do não pagamento do ticket alimentação no valor de R$ 75 que, segundo Sandra Regina, será pago provavelmente nesta quarta-feira, quando o repasse do governo federal estiver disponível.
O SUS repassa à Santa Casa R$ 1.130 milhões já descontados os R$ 280 mil relativos ao financiamento da dívida do Hospital. Com os R$ 850 mil é possível quitar a folha salarial da entidade cujo total é de 1,2 milhões. Vale ressaltar, que o governo federal fez o repasse do valor à Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo no último dia 9, portanto, o entrave que gerou o atraso, foi por parte do órgão estadual, que alegou um erro na planilha, segundo o assessor de imprensa da Santa Casa Dener Bolonha.
Insatisfeita com o atraso do repasse do SUS, porém satisfeita com o fim da greve, a provedora Sandra Regina de Godoy fez questão de agradecer aos seus amigos professores da FEF – Fundação Educacional de Fernandópolis-, e alunos estagiários que colaboraram preenchendo as vagas em desuso pela greve. e demais servidores do setor administrativo que foram deslocados para os setores hospitalares Além deles ela agradeceu a Unimed pela solidariedade em adiantar o montante de R$ 309 mil que seria repassado apenas no dia 30.
O próprio presidente do SinSAúde confirmou que entrou em contato com o governo estadual e teve a garantia do repasse do SUS até quinta-feira, 23. “Uma pessoa idônea, chefe do setor de finanças do governo garantiu para mim que os R$ 850 mil estará na conta até depois de amanhã (23). Ela não iria mentir para mim. Quanto à greve, foi acordado, assinado, e essa parte de funcionários que meu Sindicato representa, todos menos a classe dos enfermeiros, que tem sindicato próprio, já volta a trabalhar nesta quarta. Tem gente passando fome. Agora vamos descansar, pois estamos todos cansados”, disse Agrelli.
