De acordo com o presidente do SinSaúde - Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde -, Aristides Agreli Filho, ficou decidido em assembleia que os colaboradores do hospital entrarão em greve após o prazo legal de comunicação da entidade.
“Eu (sindicato) sou obrigado a notificá-los e a lei garante a eles um prazo de 72 horas para a empresa se manifestar. Após isso, eles fazem uma contraproposta que nós temos que apresentar aos trabalhadores em assembleia, apesar de que na assembleia de hoje já restou aprovada a greve. Além dos salários, o mês de maio é o mês em que os funcionários esperam o seu aumento e o INPC apontou um reajuste de 8,34%, eles só ofereceram 6% e saíram falando nos corredores que quem não aceitasse seria demitido e isso acabou revoltando ainda mais os trabalhadores”, explicou o sindicalista.
OUTRO LADO
Em entrevista coletiva, a provedora da Santa Casa de Fernandópolis Sandra Regina de Godoy negou que de fato tenha havido pressão para aprovação do reajuste e afirmou que os salários estão atrasados em virtude de um atraso no repasse governamental.
“A maior dificuldade do momento é o atraso de alguns dias no pagamento dos funcionários. Isso só aconteceu em virtude do atraso no envio dos recursos do SUS. Todos sabemos da situação. A primeira receita que entrar no caixa da Santa Casa será destinada exclusivamente para isso. Esperamos que tudo esteja regularizado no dia 20. Em relação a essa pressão, o que tenho a dizer é que ela não procede. Em nenhum momento isso foi comentado. Claro que gostaríamos de dar um aumento até maior do que esse, mas isso é o que está ao alcance da atual realidade da Santa Casa”, rebateu ela.