Aos poucos a represa “Beira Rio”, começa a se recuperar do duro golpe que sofreu há duas semanas ao ter uma de suas comportas – que controlava a vazão de água – quebrada por vândalos. Depois de quase secar, o cenário desolador que se via no local, começou a dar lugar a um fio de esperança, isso graças as chuvas que chegaram em época incomum.
Apenas neste mês de julho, já choveu 95,8mm já contabilizando a forte chuva da madrugada de quarta-feira, 8, responsável por 79,8mm, ou seja, o total de chuvas é maior que os dois últimos meses juntos. Em maio foram 73mm, enquanto que junho foram apenas 18mm de chuva registrados.
Graças a isso, os bancos de areia que surgiram após a depredação começaram a desaparecer e o nível da represa a subir. “Fechamos uma das comportas e deixamos apenas uma aberta para controlar a vazão. Com isso e com as chuvas que graças a Deus caíram em um mês atípico, hoje nossa represa começa a se recuperar”, explicou a secretária de Meio Ambiente, Tais Moita.
Apesar da melhora visual no local, a engenheira ambiental que comanda a pasta de Meio Ambiente afirmou que ainda serão necessários pelo menos mais 12 meses para a represa se recuperar por completo.
“Estamos saindo do estado crítico, mas a situação ainda é preocupante. Se não tivéssemos feito o trabalho que fizemos anteriormente de desassoreamento e recuperação das nascentes, hoje poderíamos estar vendo um cenário bem diferente. O nível da represa baixou mais de 1,5 metros e agora era para estarmos entrando no período de seca. Como eu disse, ainda bem que vieram essas chuvas. Se continuar assim, acredito que daqui um ano ela volte ao normal”, completou Moita.
O GOLPE
Há duas semanas, um dos únicos locais que poderia um dia se tornar ponto turístico em Fernandópolis, sofreu um duro golpe, que quase lhe extinguiu. Vândalos, sem motivo aparente, destruíram a comporta de concreto que controlava a vazão da represa “Beira Rio” e grande parte de sua água se perdeu.
A depredação – realizada provavelmente com uma marreta ou similar -, por pouco não ocasionou a mortandade dos peixes da represa e bolsões de areia se formaram onde outrora só se via água.