Dois dos três principais membros do PT na administração municipal confirmaram que deverão pedir a sua desfiliação do partido, após serem afastados pelo atual presidente do diretório municipal da agremiação, Rober Caetano.
Sergio Pasqual Teixeira, presidente do IPREM – Instituto de Previdência Municipal – e o ex-prefeito de Fernandópolis Milton Edgard Leão, que atualmente é diretor de apoio ao Comércio à Indústria e ao Serviço do município confirmaram que estão com um pé fora do partido.
“A falta de uma atuação propositiva, a falta de uma agenda positiva da atual direção do PT de Fernandópolis, faz com que tomem decisões desse tipo, inconsequentes e irresponsáveis. Digo isso por que no atual momento pelo que passa o PT a nível nacional, nós petistas históricos sabemos o quanto é difícil enfrentar o preconceito e o ódio das ditas camadas dominantes da sociedade Brasileira. Infelizmente em Fernandópolis, temos que conviver também com o ódio e a intolerância dos atuais membros da direção sem rumo do PT. Por isso deverei pedir a minha desfiliação”, disse Teixeira.
Já Milton Leão classificou a atitude como irresponsável e disse que ações como essa podem levar o partido a se extinguir na cidade. “Foi uma irresponsabilidade total. O PT está passando por uma crise histórica e eles ao invés de agregarem estão afastando os seus militantes. Lamentável. Estou 99% certo de que deixarei o partido”, completou Leão.
Procurado, Vic Renesto, secretário de Cultura, disse que ainda não irá se pronunciar sobre o caso.
O AFASTAMENTO
No início da semana, Rober Caetano, presidente do diretório municipal do PT comunicou parte da imprensa sobre o afastamento dos petistas que ainda estavam ligados a Prefeitura de Fernandópolis. Ele afirmou ter se tratado de uma decisão unânime da diretoria do partido.
A rusga intrapartidária acontece desde julho de 2014, quando Rober Caetano, insatisfeito com o rompimento do partido com a base aliada da prefeita Ana Bim, disse que os membros do partido na administração teriam de decidir se permaneceriam em seus respectivos cargos na Prefeitura ou no diretório municipal, pois segundo ele “não daria para ficar dos dois lados”. Quase que um ano depois, a decisão de afastá-los foi oficializada.
CIDADÃO tentou contato com o presidente do diretório municipal do partido, mas seus telefones encontravam-se indisponíveis.
