Denúncia de varredeira sobre trabalho escravo gera discussão na Câmara

Funcionária foi demitida pela empresa responsável pela limpeza em Fernandópolis após cobrança ao sindicato

20 de Agosto de 2025

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Denúncia de varredeira sobre trabalho escravo gera discussão na Câmara

A denúncia feita por uma funcionária da limpeza pública de Fernandópolis, contratada pela empresa Proposta Engenharia Ambiental LTDA, uma emissora de rádio nessa semana, em realação as más condiçoes de trabalho, segundo ela., análoga à escravidão, foi alvo de um requerimento na Câmara Municipal na sessão desta terça-feira, 12. o vereador Gustavo Pinato (PPS) cobrou via requerimento “providências a serem tomadas com relação às condições de trabalho dos funcionários de varrição de vias públicas, da empresa que presta os serviços de limpeza pública do município, os quais deram declarações na imprensa local e da jornada de trabalho extensa, dentre outras irregularidade”.
Após explanação sobre o documento, o vereador apresentou no telão do plenário da Câmara Municipal, o vídeo do depoimento da varredeira concedido a um repórter da cidade.
No vídeo, sem nenhum tipo de cobertura no rosto ou distorção da voz, a denunciante relatou as ocorrências no dia a dia de trabalho, após a troca de empresa licitada para os trabalhos de limpeza pública, da Ecopav para a Proposta. “Estamos em uma situação que acho que é trabalho escravo. Temos que varrer 150 quarteirões por dia. Aumentou a demanda de serviço e diminuiu o número de funcionárias. Antes (época da Ecopav) tínhamos creme fator 60, que passavam na gente antes de sair às ruas, tínhamos roupas novas, enfim, agora o creme não é de qualidade e não estamos dando conta do serviço. Reclamamos mas apenas dizem para ir empurrando com a barriga, e nosso fiscal diz que não pode fazer nada, que a culpa é da Prefeitura que alterou a licitação e fez o mapa da cidade com a metragem”, reclamou a varredeira, que foi demitida após ter procurado o sindicato responsável, fato que chegou ao conhecimento da empresa.
Indignados, praticamente todos os vereadores usaram o microfone para expor a insatisfação com a situação. O vereador Ademir de Almeida (PSDB) pediu para que a Câmara convocasse um responsável da empresa para prestar esclarecimento na Câmara Municipal. Em seguida, o presidente da Casa André Pessuto colocou em votação a convocação que foi aprovada por unanimidade pelos vereadores.