De acordo com o Boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, até o dia 22 de abril já haviam confirmados 222.044 casos de dengue, o maior número da história. Os casos estão espalhados por 645 cidades de São Paulo, inclusive Fernandópolis onde 513 casos já foram confirmado pelo setor municipal, que registrou até o momento 738 notificações.
O recorde de contaminados pela doença ocorreu em 2013, quando 209.059 pessoas foram infectadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Já no ano passado foram 204.236 casos confirmados.
Outro resultado que chama atenção é o número de mortes registradas até aqui em meio a epidemia – mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes. Foram contabilizadas até a data do boletim, 125 óbitos contra 141 de 2010, ano com maior número de mortes pela doença, de acordo com o Ministério da Saúde. Outro agravante é que 90 mortes ainda estão sendo checadas em laboratório.
Em Fernandópolis, um dos motivos do número de casos da doença crescerem além da irresponsabilidade de alguns moradores que não cuidam de seus quintais, é a dificuldade que os agentes de vetores do município encontram para realizar a fiscalização e o controle de vetores em imóveis fechados na cidade.
Isso porque, muitos fernandopolenses trabalham o dia inteiro e pouco ficam em seus imóveis. Para sanar essa questão, a Vigilância Epidemiológica chegou a fazer turnos aos sábados para tentar pegar os moradores em casa, o que colaborou um pouco com o trabalho.
Porém, algo que parece sem solução, pelo menos por enquanto, é em relação às casas abandonadas na cidade. Nesses imóveis, os agentes não podem adentrar, a não ser que possuam ordem judicial, o que acaba sendo burocrático e demorado.