Manifestantes “pró impeachment” vão às ruas de Fernandópolis neste domingo

Presidente do diretório do PT de Fernandópolis não concorda com foco do movimento

20 de Agosto de 2025

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Manifestantes “pró impeachment” vão às ruas de Fernandópolis neste domingo

Mais de 1,7 mil pessoas confirmaram participação na manifestação “Impeachment já”, que será realizada amanhã, 15, em Fernandópolis. A mobilização, que ocorrerá simultaneamente em todo o território nacional, foi organizada após os escândalos de corrupção na Petrobras, relacionados ao alto escalão do governo Federal e seus aliados.

O movimento está marcado para ser iniciado às 9h30, com a concentração na Praça da Matriz. Por volta das 10h. Uma passeata será realizada seguindo pela rua Milton Terra Verdi, passando pela Espírito Santo, na qual seguirá até a Feira Municipal. Um carro de som será utilizado para os discursos.

De acordo com a organização do evento na cidade,  grupos de Estrela d’ Oeste e de outras cidades circunvizinhas estão fechando caravanas para participar do movimento fernandopolense, que foi um dos poucos que entraram para a lista oficial à nível nacional.

 A Secretária de Trânsito autorizou o percurso que será feito pelos manifestantes. A Polícia Militar também vai trabalhar com efetivo reforçado no domingo, para garantir a ordem e tranquilidade dos participantes. Um ofício inclusive foi protocolado na 1ª Cia do 16º BPM/I. O Departamento de Fiscalização da Prefeitura também autorizou a utilização de som na área central, já que em Fernandópolis existe um Decreto no qual proíbe a utilização de carros de som no quadrilátero da área central.

 “O principal motivo dessa mobilização nacional é com relação aos inúmeros escândalos que não param de surgir, com membros ligados diretamente ao alto escalão do governo federal, em especial, a situação no qual o atual governo deixou a Petrobrás. Os protestos também são decorrentes à alta de impostos e nas promessas feitas pela então candidata Dilma, sobre redução do combustível e energia, fato que não ocorreu, ao contrário, houve aumentos jamais divulgados pelo governo”, destaca o texto de divulgação do evento.         

A manifestação também pede um Judiciário mais independente, no qual indicações para STF – Supremo Tribunal Federal –, não fiquem restritos somente à nomeação presidencial. O fim dos investimentos públicos em países dominados pela ditadura, e abertura de investigações ao BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - também serão lembrados.

“Os organizadores do manifesto aqui de Fernandópolis pedem para que a população se vista com roupas nas cores da bandeira nacional. O movimento é pacífico, no qual haverá uma grande participação de famílias. É um direito garantido pela Constituição Federal, qualquer cidadão tem o direito de protestar, reivindicar, quando se sentir prejudicado, e muitos brasileiros estão se sentindo assim”, completou.

OUTRO LADO

Como tudo tem dois lados, o CIDADÃO ouviu o líder máximo do Partido dos Trabalhadores – o mais atacado pelos manifestantes -, na cidade, Rober Caetano. Segundo ele, a manifestação é legitima, apesar de ter o foco distorcido.

“Vivemos em uma democracia e todos nós temos o direito de manifestar por aquilo que não concordamos. No entanto, essa manifestação tem um foco errado, pois não existem elementos para que aconteça um impeachment. Para quem não sabe, o impeachment é baseado em fatos e ocasiões em que o chefe do Executivo Nacional tenha cometido algum tipo de crime que se reste comprovado, o que não é o caso, tanto que o procurador-geral da República (Rodrigo Janot), não pediu que ela (Dilma) fosse investigada”, disse Robinho, como é conhecido.

Ainda de acordo com o petista, o momento difícil que o país vive pode estar motivando alguns dos manifestantes. “A presidente teve que realizar alguns ajustes fiscais por conta da grande crise mundial e isso, é claro, acaba causando certo desconforto, porque aperta o bolso da população e ninguém gosta disso”, completou.