O empresário fernandopolense Dirceu Miralha dos Reis, foi eleito oficialmente essa semana, por aclamação, como novo presidente da ACIF – Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis. Muito conhecido na cidade por estar sempre envolvido nas ações em prol da classe comercial/empresarial e ser amante declarado do FFC – Fernandópolis Futebol Clube – experiência no setor não lhe falta. O filho de Isabel Miralha dos Reis e Natalino Estevão dos Reis, praticamente nasceu no comércio da cidade. Aos 12 anos, por exemplo, iniciou sua vida profissional trabalhando na Feltrin Tecidos, onde atuou por 18 anos e ocupou o cargo de gerente comercial. Algum tempo depois montou sua própria empresa, a Decorart. Pai de três filhos e marido de Alessandra Viel do Reis, ele conta à coluna como pretende dividir sua vida, já que além dos afazeres de sua empresa, agora comandará uma das mais importantes associações do município, seu próprio lar, como pai de família, e a diretoria financeira do time que ama, a Águia Azul.
Quando foi comunicado que Carlos Sugui deixaria a presidência, já sabia que seria indicado por ele?
Pelo fato de ser vice-presidente eu já sabia da indicação do Carlos Sugui.
Esperava que não haveria concorrência?
Não. Eu esperava que outras chapas fossem formadas.
O senhor aplicará a mesma forma de gestão de sua empresa na ACIF, ou seguirá o modelo adotado por Carlos Sugui nos últimos 10 anos?
A gestão desse biênio será feita em conjunto com os diretores e associados, sempre com o objetivo de ouvir a opinião de todos e principalmente, trazer novas ideias para a Associação sempre visando o desenvolvimento de nosso comércio e da cidade.
Acredita que será fácil conciliar os trabalhos entre a presidência da ACIF, a diretoria do FFC e gerência de sua própria empresa?
O comando do FFC foi passado para a nova diretoria. A prioridade agora é a gestão da minha empresa, de onde tiro o sustento de minha família e a ACIF que representa quase 90% dos empregos em nossa cidade.
O senhor manterá todas as promoções fixas/anuais da ACIF? Pensa em criar mais alguma?
Sobre as promoções será feito um planejamento com a nova diretoria e associados para decidirmos sobre as tradicionais promoções feitas pela ACIF.
O modelo adotado na promoção de fim de ano da ACIF de 2014 (digital) deu certo? Será mantida?
É importante ressaltar que esse modelo foi uma experiência. A princípio causou estranhamento aos empresários e consumidores, mas tudo depende de um processo de adaptação. Ao longo de nossas reuniões e estudos vamos avaliar os prós e os contras. O que achou das vendas de 2014, já que muitos comerciantes reclamaram? A crise foi nacional?
As vendas não foram como se esperavam, mas também não foram tão ruins como foi pronunciado. A crise foi nacional, mas devemos sempre procurar alternativas com o objetivo de atrair os consumidores, as promoções são uma boa alternativa. Os empresários não podem se abalar com a crise, mas sim procurar driblá-la.
Ainda falta apoio ao setor industrial em Fernandópolis?
Temos um setor industrial forte composto por diversidade produtiva. No entanto, o crescimento é sempre bem-vindo. Esperamos que mais indústrias venham se instalar em nossa cidade para gerar mais desenvolvimento e empregos.
Acredita na concretização da ZPE? O que isso representaria para a classe que preside a partir de agora?
Sim, eu acredito. A partir de fevereiro já será uma realidade em Fernandópolis. A ZPE representa ainda mais força para o comércio, empregos e desenvolvimento para a cidade.
Com o crescimento rápido de Fernandópolis, com a concretização da ZPE, os comerciantes terão de se adequar em algum aspecto?
Fernandópolis tem um comércio forte. Com a vinda da ZPE, os empresários devem ficar cada vez mais unidos para acompanhar e participar desse crescimento. A adequação virá de forma natural, além disso, os associados e empresários podem contar com a ACIF que está sempre de portas abertas para orientá-los.
À época que montou sua empresa, como era a estrutura do comércio fernandopolense? O que mudou de lá para cá?
Na época nosso comércio passava por uma renovação com fechamento do antigo Mercado Pastorinho. Neste momento aconteceu uma união entre os empresários e abrimos seis novas lojas naquele local, tornando o nosso comércio mais forte e competitivo em relação à região.
A cada ano, o setor apresenta crescimento na cidade com a abertura de novas lojas, vinda de franquias e a atual expansão dos estabelecimentos nos bairros. A transformação é notória, visto a diversidade comercial que Fernandópolis apresenta nos dias de hoje.
O caos no trânsito fernandopolense em relação a rua Brasil, onde está instalada sua empresa, é um empecilho que perdura há anos. Em sua opinião, qual a solução para esse problema, haja vista que nem os semáforos recentemente colocados pela Prefeitura deram certo?
Uma das soluções imediatas para o trânsito poderia partir da conscientização dos próprios empresários e seus colaboradores, que poderiam estacionar os seus veículos em ruas mais afastadas para abrir mais vagas de estacionamento rotativo para os nossos consumidores. Em relação aos semáforos, eles ainda estão sendo adequados para que o trânsito possa fluir com mais rapidez e segurança.
Aventou-se a possibilidade da criação de um calçadão no local. O que acha?
Acredito que é uma boa possibilidade funcional e também estética para o comércio. Seria interessante a criação de um bom projeto no qual se planeje um local apropriado para os estacionamentos, aumento no tamanho das calçadas, fiação subterrânea e a parte paisagística composta por várias plantas e bancos.
Além do trânsito, os problemas de queda de energia foram solucionados na região?
Os problemas com as quedas de energia foram bastante prejudiciais para o comércio. No entanto, a Elektro providenciou uma solução eficaz para o problema.
Agora, como presidente da ACIF, o senhor concorda com uma possível eliminação das vagas de estacionamento da rua Brasil?
Antes de tomar qualquer decisão é necessário passar por um período de análise. Vamos ponderar a respeito do que é melhor para o comércio e principalmente, para os consumidores. A eliminação ou não das vagas na Rua Brasil deve ser estudada com cautela.