O juiz da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, Evandro Pelarin, determinou o bloqueio dos bens do presidente afastado da FEF – Fundação Educacional de Fernandópolis -, Paulo Sérgio Nascimento e da ex-chefe de recursos humanos da Fundação Sirlene Aparecida de Araújo Costa, “com o objetivo de garantir que o dinheiro seja devolvido”, segundo a decisão.
Ao todo, foram bloqueados de Paulo e Sirlene o montante de R$ 1.844.128, valor apurado até agora, que teria sido desviado da FEF. Porém, “caso o bloqueio não consiga todo o dinheiro em nome deles, a gente busca os parentes e verifica se não houve transferências recentes de bens a fim de tentar fraudar a Justiça", afirmou Pelarin.
A decisão, segundo o juiz, se fez necessária devido aos fortes indícios de tentativa de fraudar a justiça. "Enfim, como apresenta o delegado de Polícia Federal, não se entende o porquê que os suspeitos Paulo Sérgio e Sirlene, no dia 24 de dezembro de 2014, poucos dias após a deflagração da operação da PF, e um dia depois do fim da prisão temporária de Paulo, encerraram conta bancária no Banco do Brasil, o que, diante dos indícios apresentados, pode mesmo indicar que eles tentam fraudar a ação da Justiça", diz trecho da decisão de Pelarin.
BOLSA FANTASMA
Paulo Nascimento e Sirlene são acusados de participar de um esquema que fraudava os programas “Escola da Família”, do Governo de São Paulo, e do FIES, do Governo Federal, além de outras supostas fraudes financeiras na Fundação.
Além dos dois que tiveram os bens bloqueados, Neuclair Félix Nascimento, coordenador do projeto Escola da Família da Delegacia Regional de Ensino de Fernandópolis, também é investigado pela Polícia Federal de Jales.