Com a umidade relativa do ar atingindo números inferiores a 30% e o forte calor dos últimos dias, os casos de conjuntivite aumentam consequentemente. O suor e a baixa umidade do ar está diretamente ligada à incidência da infecção, que na maioria dos casos se dá por vírus, bactérias e fungos.
Em Fernandópolis o ano de 2015 começou preocupante no que diz respeito às pessoas infectadas. Nos primeiros 15 dias do ano nove pessoas já foram notificadas pela Secretaria Municipal da Saúde com a infecção, número 350% superior ao mesmo período de 2014 quando apenas duas pessoas haviam sido notificadas com conjuntivite.
Se seguir o retrospecto os casos tendem a aumentar ainda mais, já que existe uma crescente nos últimos anos. Em 2013, foram registrados em Fernandópolis 608 casos positivos da infecção nos olhos, já em 2014 o número foi ainda maior com 634 notificações.
Como de praxe, os agentes de saúde sempre alertam a população sobre as maneiras de se prevenir a doença, ainda que muitos não dê ouvidos as informações vitais.
Os principais sintomas da conjuntivite são: olhos avermelhados, lacrimejamento, pálpebras inchadas e avermelhadas, secreção amarela nos cantos dos olhos, intolerância a luz, sensação de areia nos olhos, pálpebras grudadas ao despertar e visão borrada.
O tratamento leva aproximadamente de 7 a 15 dias e a melhor maneira de se evitar a infecção é manter os cuidados gerais de higiene como: lavar bem as mãos e o rosto com água e sabão, evitar coçar os olhos, quando possível usar lenços e toalhas descartáveis ou individuais, usar travesseiros individuais, evitar uso de objetos (lápis e copos) de pessoas com conjuntivites, evitar atividades de grupo, piscinas e uso de lentes de contato. Para o tratamento, é recomendado um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, com o emprego de colírios, compressas, álcool em gel, lenços de papel e toalhas e roupas de cama individuais. Lavar as mãos com frequência também ajuda. Além disso, é indicado o isolamento temporário do contato social.
O aspecto vermelho dos olhos nos três tipos de conjuntivite é mais ou menos parecido. O que ajuda a diferenciá-los são os sintomas. No viral, além da vermelhidão e do inchaço característicos, há a sensação de areia ou corpo estranho e um forte lacrimejamento. Leva até duas semanas para o paciente melhorar e, dependendo da gravidade, pode deixar sequelas na córnea e atrapalhar a visão. O tratamento é à base de compressas com água fria e, eventualmente, colírios lubrificantes.
No tipo bacteriano, a secreção e o inchaço são mais intensos. Também há vermelhidão, mas o lacrimejamento não é tão frequente. Dura, em geral, uma semana. O tratamento é feito com colírios e antibióticos.
Na conjuntivite alérgica, o paciente sente coceira intensa e muito inchaço. A vermelhidão e o lacrimejamento não são tão proeminentes quanto nos outros tipos. O tempo de duração é variável e, para o tratamento, é importante afastar a pessoa do agente que causa a alergia, como maquiagem, perfume, poeira e pólen, entre outros.
Há, ainda, um quarto tipo da inflamação, menos comum: o tóxico, causado por fatores externos como substâncias químicas, cloro, fumaça de cigarro ou poluição.