Entidade considerou inapropriada a atitude de alguns médicos em se negar a realizar atendimentos ambulatoriais pelo SUS
Analisando ainda a possiblidade de apresentar uma contraproposta aos médicos do setor de ortopedia e traumatologia, que não estão realizando atendimentos ambulatoriais pelo SUS, a Santa Casa de Fernandópolis enviou uma nota oficial sobre o caso negando que esteja havendo uma greve do setor.
Na nota, a entidade afirmou que realizaria na terça-feira, 13, uma reunião entre a mesa diretora, conselho de administração, administração hospitalar, diretoria clínica e os médicos do setor para deliberar sobre o impasse gerado. O resultado dessa reunião ainda não foi divulgado.
A situação da sala de espera para os pacientes do SUS pode ser considerada como um caos total. A Polícia Militar tem sido acionada frequentemente por reclamações e os pacientes precisam esperar horas, acomodados em bancos duros e num calor descomunal a espera de atendimento por parte dos profissionais do setor que estão trabalhando normalmente e que precisam dar conta da demanda, que não é pequena. Afinal, em Fernandópolis, a Santa Casa é o único lugar que presta este tipo de atendimento. Sem contar, os casos que vêm de fora
Com o problema gerado, a Santa Casa informou em nota divulgada à imprensa “que até o presente momento, tanto a Administração, quanto a Direção Clínica, não recebeu qualquer notificação oficial sobre a existência de greve ou paralisação no Setor de Ortopedia e Traumatologia neste hospital”.
A entidade lembrou ainda que apesar de os médicos se negarem a realizar os atendimentos ambulatoriais pelo SUS, aqueles que são considerados de menor gravidade e sem urgência, a equipe multiprofissional do setor está atuando normalmente e os atendimentos de urgência, emergência e procedimentos pós-cirúrgicos não sofreram privações.
A direção da Santa Casa aproveitou ainda para repudiar a atitude dos médicos que reivindicam um salário fixo, além do recebimento por atendimento, com base na tabela SUS. “Por não serem adotados os procedimentos formais, consideramos tal rejeição dos atendimentos como inapropriada, considerando que a Santa Casa de Fernandópolis está totalmente quite com o pagamento de funcionários, médicos e fornecedores”, apontou.
A reivindicação teria partido por conta de uma verba mensal que vem do SUS para a Santa Casa. Alguns médicos teriam entendido que esse dinheiro seria para o setor da ortopedia do hospital, que teria negado a informação e explicado que a referida verba é dividida para vários setores, ficando a ortopedia, no caso, com a menor parcela.