A Polícia Federal, com sede em Jales, enviou uma nota de atualização à imprensa sobre a operação “Bolsa Fantasma”, deflagrada no último dia 16 em Fernandópolis. De acordo com o delegado federal responsável pelo caso Cristiano Pádua, o alvo da ação desencadeada por ele e seus agentes é a organização criminosa, e não a FEF – Fundação Educacional de Fernandópolis.
Ainda de acordo com a PF, “as bolsas concedidas regularmente não serão canceladas” e “o vestibular de 2015 ocorrerá normalmente e as inscrições estão abertas”.
Sobre a prisão de Paulo Nascimento, ex-presidente da FEF, a Polícia Federal informou que a prorrogação de sua prisão temporária se deu “em virtude da confirmação dos indícios sobre as fraudes cometidas durante sua presidência na instituição de ensino superior”.
Para complicar ainda mais a situação de Paulo Nascimento a PF afirma ter descoberto outras fraudes na instituição, além das já investigadas “destacam-se a celebração de contratos de prestação de serviços à instituição sem lançamento na contabilidade oficial, emissão de cheques não lastreados em negócios jurídicos da FEF, emissão de notas fiscais aparentemente frias ou simuladas”.
A mesma nota ainda traz a informação de que “a equipe que assumiu a FEF participou de reunião com a chefia da PF em Jales para se inteirar da situação e oferecer apoio integral às investigações com o objetivo de descobrir todos os desvios realizados pelos investigados”.
A PF informou também que “a diretora de ensino de Fernandópolis e o servidor que era responsável pela concessão de bolsas no Programa “Escola da Família”, que trabalhava no Estado e também na FEF, estão afastados administrativamente. Alunos e funcionários de escolas estão sendo ouvidos e afirmando que havia manipulação na concessão de bolsas com interesses particulares e políticos”.
Por fim, “a Polícia Federal de Jales esclarece que a FEF é uma instituição de ensino superior tradicional de Fernandópolis com reconhecido valor no tocante à formação superior na região. O foco da operação Bolsa-Fantasma são os indivíduos que se utilizaram da instituição de ensino superior para desviar em proveito próprio recursos que eram direcionados à FEF e consequentemente aos alunos. O trabalho da PF e da equipe interventora também visa proteger a FEF (patrimônio da sociedade), além de alunos e funcionários não envolvidos com as fraudes”.
