Uma manifestação foi marcada para amanhã, 5, às 10h, contra a decisão do governo do Mato Grosso do Sul de instalar pedágio na ponte rodoferroviária, em Rubineia. O consórcio Ponte FCL saiu vencedor da disputa com proposta de tarifa no valor de R$ 4,48 - a menor entre todas as empresas que participaram da licitação.
A proposta está sendo avaliada pelos técnicos da Agesul - Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos do Estado do Mato Grosso do Sul. Um dos articuladores do protesto é o deputado federal Edinho Araújo (PMDB), que afirmou não existir justificativas para a instalação um pedágio na ponte rodoferroviária, que foi construída há 16 anos.
"Está paga e foi custeada com recursos do Estado de São Paulo na sua metade e a outra do governo federal", disse Edinho, que afirmou ainda que possui projeto de lei na Câmara Federal que determina a responsabilidade da manutenção da ponte para o Dnit.
"Tememos que esse processo possa avançar e o governo assinar o contrato com a empresa que vier a ser a vencedora desta licitação", afirmou Edinho. "Queremos fazer pressão política sobre o governo do Mato Grosso do Sul". Além do parlamentar, a manifestação deve reunir representantes da AMA - Associação dos Municípios da Araraquarense - e da AMOP - Associação dos Municípios do Noroeste Paulista -, que tentou anular a licitação na Justiça Federal de Três Lagoas (MS).
A ação, porém, foi arquivada pelo juiz federal Roberto Polini. Edinho antecipou que o movimento será pacífico e não prevê o fechamento do tráfego de veículos no local. O parlamentar do PMDB disse que devem participar do ato deputados federais e estaduais do Estado de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Em troca da exploração do pedágio, o consórcio ficaria responsável pela manutenção e conservação da ponte, hoje relegada ao abandono.