Contrato de locação do imóvel pertencente à CODASP vence este mês
Os boatos sobre a possível saída da Mercadão dos Tratores, representante da Valtra em Fernandópolis foram desmentidos pelo gerente da revenda Nilton Garcia que garantiu a permanência da empresa responsável por 60 empregos, diretos e indiretamente. O contrato de utilização do imóvel, localizado na Avenida Litério Grecco, no Jardim Araguaia vence neste mês e, de acordo com o gerente, não resta dúvida de que deverá ser renovado por mais 36 meses com a CODASP - Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo, proprietária da área. “Com certeza deverá ser renovado (contrato de locação do imóvel), pelo fato da empresa ter atendido as necessidades colocadas pela CODASP, no qual uma das situações era a retirada da horta, que foi realizada, então não vejo problema nenhum para que não seja feita a renovação do contrato. Estamos em fase de tratativas para formulação do novo contrato que poderá ter novas regras, mas a assinatura e a renovação está decretada oficialmente”, confirmou Nilton garantindo para meados de dezembro a assinatura.
Esta não é a primeira vez que surgem boatos sobre a saída da Valtra de Fernandópolis. Segundo Nilton, há dois anos foi preciso convocar a imprensa para, mais uma vez, desmentir a saída da empresa, que está em Fernandópolis há 10 anos. “Para que fique bem esclarecido, por parte da empresa nunca ouve interesse em deixar a cidade até porque fomos muito bem acolhidos e não temos problema algum, é um ponto estratégico comercialmente muito bom. Não sei oriundo de onde vem surgindo isso (boatos). Continuaremos aqui, isso é fato”, decreto ele tranquilizando as 33 famílias de colaboradores que atuam diretamente na empresa.
Este ano um impasse entre locador e locatário ocorreu colocando em cheque a permanência da Mercadão de Tratores em Fernandópolis. As chances eram reais de cancelamento de contrato já que a horta que existia nos fundos da empresa, portanto, dentro da área da CODASP, caracterizava sublocação, o que é passível da quebra do compromisso. Como forma de ajudar o morador Antônio Coelho de Souza, de 81 anos, a Valtra cedeu amigavelmente o espaço, que antes era coberto pelo mato e alto se tornando ponto de uso de drogas, para que o idoso cuidasse e produzisse hortaliças para seu consumo. No entanto, senhor Antônio ganhou visibilidade e transformou, o que seria uma pequena horta, em um comércio que atendia todo o Bairro Jardim Araguaia.
Em uma negociação que se arrastou durante todo o ano, o aposentado horticultor deixou o local e agora segue com futuro de sua horta indefinido. “Aos poucos ele entendeu que não tínhamos culpa da saída dele. A CODASP impôs que teríamos que desocupar a área pois achavam até que recebíamos aluguel do senhor Antônio. Nós cedíamos até água e energia para ele, no entanto, se ele não saísse era nós que teríamos de sair e 33 pessoas perderiam o emprego”, contou Garcia.
Ainda assim, o gerente não considera a saída definitiva do ex-dono da horta. “Eu te diria que a saída oficial não se realizou. Me deparei há uns dias com ele na área, com chave própria do portão. Vou providenciar a cópia, pois a entrada dá acesso à empresa. Como não há mais nada dele aqui, a entrada dele e de pessoas estranhas, no meu entender, não é certo e é suspeito. Preciso proteger nosso patrimônio”, frisou.