Preocupado com saúde das crianças e funcionários da Escola Municipal Koei Arakaki, no Jardim Paraíso, que já se acostumaram a conviver em meio aos milhares de pombos que se aglomeram no local, o vereador Ademir de Jesus Almeida requereu na tribuna que algo seja feito. Durante a última sessão ordinária realizada na terça-feira, 21, Almeida requereu da prefeita Ana Bim informações para esclarecer se a Secretaria Municipal da Educação e a Vigilância Sanitária têm conhecimento da invasão e proliferação excessiva de pombos que está ocorrendo na escola e quais providências estão sendo tomadas para controle e solução do problema.
Segundo o vereador, “o que tem de pombo na escola não é brincadeira”. Além da grande sujeira provocada pelas aves que em sua grande maioria se hospedam na quadra de esportes, o risco de transmissão e contaminação de doenças é iminente. “É muito pombo mesmo. A qualquer momento uma criança pode pegar uma doença, pois convive em meio às aves respirando o pó com resquício de m..... (fezes)”, contou arrancando alguns risos no plenário.
Para tentar apaziguar a situação ele não soube qual seria a solução mais viável mas pediu que se dê um jeito urgente. “Não sei se uma tela resolve ou alguém especializado nisso. Temos que fazer alguma coisa porque tem pombo demais”, apontou.
Quem também endossou o apelo por solução foi o vereador Salvador Castro de Souza que disse que a proliferação de pombos no Bairro Jardim Paraíso já é um problema. “Também já fui à escola e vi que a coisa é feia. Todos os dias as funcionárias da escola tem de limpar a sujeira que eles fazem durante a noite. Elas vão limpando e eles vão sujando. Essas aves já invadiram a escola toda, não é só na quadra mais”, disparou.
Quem também usou o tribuna foi o presidente da Câmara Chico Arouca que elencou uma provável solução. “Já vi dizer de um pessoal de Jales que é especialista nisso. São apropriados para fazer o serviço, pois sabem como resolver. Esses dias fiquei indignado em ver o aluno todo sujo que precisou trocar de uniforme. Ficou todo ca.....”, disse o presidente sem poupar o sinônimo da sujeira causada pelas fezes das aves.
O caso mais notório da doença transmitido pela ave, no Brasil, foi com um dos maiores locutores de rodeio da história, Waldemar Ruy dos Santos, o “Asa Branca”. A criptococose, conhecida popularmente como a “doença do pombo” é provocada por um fungo presente nas fezes dessas aves. Quando a sujeira seca, o fungo se espalha pelo ar e pode ser aspirado pelo homem. A doença pode atacar o sistema respiratório, provocando pneumonia, e também o sistema nervoso central. Quando se instala no cérebro, é chamada neurocriptococose e causa meningite e meningoencefalite, que são inflamações nas membranas cerebrais. ataca o sistema nervoso.