A tão sonhada união política poderia ter elegido mais um representante para a cidade de Fernandópolis. Os votos em paraquedistas, que infelizmente ainda conseguem muito espaço dentre os fernandopolenses, e o alto índice de abstenção retardou, mais uma vez, o sonho de termos um representante no Congresso Nacional e outro na Assembleia Legislativa.
A comparação é inevitável e carece de reflexão. Em Votuporanga, o deputado estadual reeleito Carlos Pignatari obteve 61,54% dos votos válidos, ou seja, dos 48.746 eleitores votuporanguenses que foram as urnas, 29.269 votaram no candidato da cidade. O segundo mais votado foi Osvaldo Carvalho, que também é da cidade e obteve 8.311 votos. Candidatos de fora não passaram de 700 votos.
Já em sua terra natal, Gimenes conquistou a preferência de apenas 33% do eleitorado, o que culminou em 11.331 votos. Em todo os estado o candidato fernandopolense conquistou 63.834 votos. Ou seja, ele buscou 52.531 votos fora de sua cidade.
Se a exemplo de Votuporanga, o braço direito de Julio Semeghini tivesse conseguido 61% dos votos válidos em Fernandópolis, sairia daqui com 24.026 votos. Com os 52.531 que ele buscou fora estaria eleito na frente do último colocado de seu partido Celso Giglio, que somou 76.471 votos. É de se refletir.