Secretaria informou que “não há projetos nem recursos para executá-los”.
Por meio de ofício a Prefeitura enviou à Câmara Municipal um ofício de resposta informando que existem atualmente no município 109 áreas públicas sem benfeitorias. O questionamento partiu do vereador Salvador Castro de Souza, que por meio de um requerimento apresentado em sessão ordinária, pediu esclarecimento sobre quantas áreas públicas de propriedade do município, sem qualquer benfeitoria, existem atualmente, se há projetos para utilização das mesas e, se havendo, quais são eles e quando serão executados.
“A gente anda pela cidade e ouve muitas reclamações de munícipes sobre áreas abandonadas onde as pessoas jogam todo tipo de lixo, principalmente produtos de construção civil. Como dizem: ‘ah! É público, vou jogar lá’. Então é um grande prejuízo para quem mora ao lado além de se ruma área onde poderia haver algum benefício para a população como uma creche, uma escola algo assim, já que em todos os bairros existe pelo menos uma área abandonada”, contou Salvador que considera exagerado o total 16 alqueires de áreas ociosas.
Em resposta, a Secretaria de Planejamento informou que as 109 áreas públicas ociosas totalizam 402.102m², ou seja, 16,6 alqueires. “A quantidade PE suficiente para atender as necessidades de equipamentos urbanos e comunitários com excedente considerável”.
No ofício de resposta consta ainda uma justificativa, já conhecida e não menos verdadeira, sobre a falta tanto de projetos para serem realizados nas áreas quanto de recursos a serem investidos.
No documento com mais de 100 páginas, a secretaria enviou um relatório específico de cada área discriminada em fotos e imagens de satélite com informações cadastrais, tamanho da área e localização. Os bairros Jardim Araguaia, Uirapuru e Ipanema são os que mais possuem áreas ociosas em Fernandópolis.
Embora indignado com a situação, o vereador elogiou o ofício de resposta da Prefeitura ao seu requerimento, e na tribuna, durante a última sessão realizada pela Câmara Municipal, fez questão de mostrar aos demais colegas parlamentares. “Na outra semana eu havia criticado as respostas vazias e não condizentes com a realidade ,que tenho recebido de alguns secretários. Mas desta vez recebi uma resposta com mais de 100 páginas de todas as áreas ociosas, fotografadas e exemplificadas uma a uma. Fiquei satisfeito com o material elaborado pela Secretaria de Planejamento que levou a sério o questionamento deste vereador. Ah, se todas as respostas da Prefeitura aos nossos requerimentos fossem assim”, desejou.
Na semana passada, indignado com uma das respostas recebidas, o vereador chegou a dizer que leria todos os ofícios da Prefeitura para que os munícipes tirassem suas próprias conclusões a cerca das justificativas aos problemas da cidade. Em entrevista ao CIDADÃO nesta semana, ele chegou a apontar uma proposta que apresentará ao presidente da Câmara Chico Arouca. “Vou pedir para o Chico cobrar mais rapidez dos vereadores na tribuna. Deu um minuto corta o microfone. Vamos deixar o tempo parta que cada um mostre as respostas que recebeu. Precisamos discutir o que tem chegado até nós.
Esta não foi a primeira vez que um vereador reclamou das respostas incompletas e por vezes, desconexas com o que foi requerido.