Apoio a PT e PMDB racha PSD e elimina Eleuses

20 de Agosto de 2025

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Apoio a PT e PMDB racha PSD e elimina Eleuses

Inconformado com a decisão do PSD de apoiar as candidaturas de Dilma Rousseff (PT) e Paulo Skaf (PMDB), o deputado federal Eleuses Paiva (PSD) desistiu de ser candidato a reeleição em outubro. A decisão de Eleuses já teria sido comunicada ao rpesidente nacional do partido, Gilberto Kassab, que pressiona o rio-pretense a rever sua posição. 


Até esta segunda-feira, 14, porém, o nome de Eleuses Paiva não aparecia no sistema de divulgação de candituras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que ainda pode acontecer. Eleuses tem dito repetidas vezes a aliados que não pretende subir no mesmo palanque do governo federal. O rio-pretense é um dos principais críticos de programas federais como Mais Médicos, uma das bandeiras de Dilma. Médico, Eleuses também tem se queixou sobre a aliança em São Paulo, com o PMDB. 

Em meio à guerra interna com partido e com Kassab, Eleuses adotou a “lei do silêncio”. Procurado há quatro dias pelo Diário, o deputado não atende o celular, tampouco retorna recados. A assessores e colegas de partido, afirmou que sua decisão de não ser candidato não tem volta. Mas ontem Eleuses partiu para Brasília onde iria reunir-se com Kassab. O próprio Kassab chamou diregentes regionais para reunião em São Paulo. 
“Ainda existe possibilidade, mas acho muito difícil”, afirmou o assessor Flávio Daniel Alves, de Potirendaba. “Ele (Eleuses) está irredutível. A região perde representatividade, mas há uma brecha ainda para ele ser candidato”, afirmou o presidente do PSD de Rio Preto, Denilson Marzocchi. Segundo outros integrantes do partido, “a pressão” sobre o deputado “é grande”, já que ele teria uma reeleição, em tese, bem encaminhada. 

A tendência é que Eleuses confirme que não vai ser mesmo candidato, mas aliados esperam. A brecha é que o Tribunal Regional Eleitoral só começou ontem a publicar a lista oficial de candidatos. Após a publicação, há prazo de 48 horas para alterações. 


PSD tem os mais ricos 

O partido que não é nem de esquerda, nem de direita nem de centro é o que concentra os candidatos mais ricos do País nestas eleições. Em média, o patrimônio pessoal de cada um dos postulantes a cargo público do PSD, fundado pelo ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab em 2011, é de R$ 3,5 milhões - mais de quatro vezes maior que a média de todos os partidos. 

Logo em seguida no ranking vêm PSDB e PMDB, com patrimônio médio de R$ 2 milhões e R$ 1,7 milhão, respectivamente. O outro partido que completa as quatro maiores bancadas da Câmara, o PT, têm candidatos bem menos ricos que esses. A sigla vem em 16º no ranking entre os 32 partidos que estão disputando cargos de deputado estadual, federal, senador, suplente, governador e presidente, com média de riqueza acumulada de R$ 480 mil. 

Os números são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foram informados pelos próprios candidatos, conforme exigem as regras eleitorais. Eles têm limitações claras: é comum a declaração de bens com valor abaixo do real e costuma haver omissão de tudo que não está no nome da pessoa. Mesmo assim, podem servir para apontar tendências quando analisados em agrupamentos como o dos partidos.