No ano passado, em razão da onda de protestos que levou à redução das tarifas de ônibus, metrô e trens, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu não aplicar os 6,5% de reajuste previsto.
Negou, porém, que fosse uma medida populista. Na época, Alckmin disse ter conseguido em um esforço bastante grande, não onerar o usuário do sistem;.
Para compensar as perdas de receita (estimadas em R$ 400 milhões) com esse não-repasse de alta de custos aos usuários, o governo anunciou quatro medidas.
Mudou o critério para tarifar caminhões e abriu mão de cobrar parte dos valores devidos pelas concessionárias ao Estado. No caso dos caminhões, foi instituída a cobrança de todos eixos e não só aqueles colocado no asfalto para rodar.
Com as medidas tomadas, o governo diz não considerar haver um valor; a ser repassado. Assim, deve seguir os índices estipulados por contrato.
Pelos contratos atuais, há dois índices de reajuste: o IPC-A, calculado pelo IBGE, e o IGPM, calculado pela FGV. Ambos medem a inflação acumulada entre junho de 2013 e maio deste ano.
De acordo com o governo, será aplicado apenas um dos dois índices. Se utilizar o primeiro, o reajuste será de 6,37%. Pelo segundo, o aumento pode ser de 7,84%.
O índice é aplicado sob a tarifa real e, depois, arredondado sobre os valores cobrados. Isso faz variar o percentual de cada praça.
A tabela com os valores ainda está sendo elaborada, segundo o governo.
Em 2012, São Paulo utilizou só um dos índices e escolheu o mais baixo deles para repassar aos usuários.