Após de aprovado o Projeto Substitutivo ao 49/2014 que dispõe sobre a regulamentação da concessão dos serviços funerários na sessão do último dia 13, o vereador Valdir Pinheiro expôs à nossa reportagem seu desejo de buscar um crematório para Fernandópolis. De acordo com ele, o momento é extremamente propício para se buscar o serviço inexistente em Fernandópolis. “Não podemos mais depender de concorrente. É vergonhoso ter que ir a outra cidade e hoje em dia é desejo da maioria cremar seus familiares, sem contar a falta de espaço em cemitérios. Nem gosto de falar isso, mas o concorrente tem sempre que perder”, disse Pinheiro.
Na última semana o vereador havia nos confirmado que faria algumas visitas em cidades da região para entender o funcionamento do serviço de cremação para estudar a viabilidade de oferecer o serviço à população de Fernandópolis. E conforme dito, ele nos confirmou na última segunda-feira, 19, que visitou as cidades de São José do Rio Preto e Tanabi, que oferecem o serviço além de manter contato telefônico com funerárias de Catanduva. “Minha intenção é encontrar empresas que se interessem em investir em Fernandópolis e quero que façam parte da licitação. Já tive a informação que o forno custa entre R$600 e R$800 mil, mas será bom para todos porque também terão este retorno após implantar o serviço aqui em Fernandópolis”, afirmou Pinheiro, que inclusive manifestou interesse em ser cremado e posteriormente ter suas cinzas jogadas em um sítio ou até mesmo no mar, conforme ele mesmo disse à nossa reportagem.
Como é feito o processo de cremação?
Basicamente, os corpos são colocados em fornos e incinerados a temperaturas altíssimas, fazendo carne, ossos e cabelos evaporarem. Só algumas partículas inorgânicas, como os minerais que compõem o osso, resistem a esse calor para lá de intenso. São esses resíduos que compõem as cinzas, o pozinho que sobra como lembrança dos restos mortais de uma pessoa cremada. No corpo humano, não existe nenhuma célula que tolere uma temperatura maior que 1 000 ºC. Um calor como esse é suficiente para derreter até metais. Apesar da aparência de prática moderna, a cremação é uma tradição de quase 3 mil anos. Para as religiões do Oriente, queimar o cadáver é uma prática consagrada. O fogo tem uma função purificadora, eliminando os defeitos da pessoa e libertando a alma.
Enquanto um sepultamento simples custa pelo menos R$200, o serviço pago em um crematório público numa cidade como São Paulo, por exemplo, sai a partir de 105 reais. Já o serviço particular pode chegar a R$3 mil.
Processo começa com a pessoa em vida
Poe soar estranho, mas todo o processo de cremação começa com a pessoa ainda em vida. De acordo com a Justiça, no Brasil especificadamente, a cremação é regulamentada pela Constituição. A pessoa que queira ser cremada deve registrar sua vontade em um documento assinado por testemunhas e ainda deve ser reconhecido em cartório. O que ocorre com frequência pela escolha desse procedimento, é por falta de local para ser feito o enterro, além disso, o preço para um enterro geralmente é mais caro que a cremação, principalmente nas grandes cidades.