As ações de prevenção à Dengue no Brasil e, principalmente em Fernandópolis, tem se mostrado eficazes. Nacionalmente falando, o número de casos positivos da doença caiu 80% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. Já na cidade o número de casos despencou mais de 96% em comparação ao mesmo período.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, nos dois primeiros meses de 2013 foram registrados 183 casos positivos de Dengue na cidade. Esse ano em janeiro e fevereiro apenas seis pessoas contraíram a doença.
Se fosse levado ainda em consideração o mês de março, que ainda não acabou, a queda seria ainda mais brusca. No terceiro mês do ano passado a cidade sofreu uma epidemia da doença. À época foram registrados 573 casos da doença. Enquanto neste ano, já passando da metade do mês, há apenas dois casos positivos e quatro notificações.
“Estamos em uma situação favorável sim. Os números são de fato positivos, mas não podemos achar que por conta disso é possível se acomodar. Essa queda nos casos se deu em decorrência de uma série de fatores, dentre eles a conscientização da população, os arrastões realizados pela Vigilância Epidemiológica, as ações nas escolas. No entanto, após uma epidemia, como a do ano passado, as pessoas tendem a tomar mais cuidados e com o passar do tempo e a queda nos casos, tendem também a se acomodar. E é esse pensamento que precisamos mudar”, explicou a secretária de Saúde Lígia Barreto.
NO BRASIL
O Ministério da Saúde registrou 87 mil notificações entre os meses de janeiro e fevereiro de 2014, contra 427 mil no mesmo período de 2013. A queda também foi observada em relação às ocorrências graves (84%) e óbitos (95%).
O MS divulgou também o novo LIRAa - Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti -, um “Mapa da Dengue”, realizado em 1.459 municípios – 48% a mais de municípios do que a edição de 2013
O levantamento atual revela que 321 cidades brasileiras estão em situação de risco, 725 em situação de alerta e 413 em situação considerada satisfatória. O percentual de municípios identificados em situação de risco foi de 22% em 2014. No mesmo período de 2013, o índice era de 27%.
Todas as regiões do país reduziram o número de casos no primeiro bimestre de 2014. A região Sudeste obteve a maior redução, passou de 232,5 mil notificações em 2013 para 36,9 mil este ano. Em segundo lugar está o Centro-Oeste, que passou de 122,8 mil (2013) registros para 28,2 mil (2014); seguido do Nordeste, que teve queda de 29,6 mil (2013) para 7,9 mil (2014); Norte, de 22,3 mil (2013) para 6,9 mil (2014) e Sul, de 20,3 mil (2013) para 6,9 mil (2014).
Dez estados concentram 86% dos casos registrados em 2014. As cidades com o maior número são Goiânia (GO), 6.089; Luziânia (GO), 2.888; Aparecida de Goiânia (GO), 1.838; Campinas (SP), 1.739; Americana (SP), 1.692; Belo Horizonte (MG), 1.647; Maringá (PR), 1.540; São Paulo (SP), 1.536; Brasília (DF), 1.483; e Campo Belo (MG), 1.410.