Gastronomia fernandopolense no topo do Estado

20 de Agosto de 2025

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Gastronomia fernandopolense no topo do Estado

Na semana passada veio a notícia de que Fernandópolis estará representada no Guia Gastronômico do Estado, graças a uma iguaria que, surgiu meio que por acaso, mas ganhou o gosto dos fernandopolenses e o paladar dos degustadores da etapa regional do Festival Gastronômico Sabor de São Paulo, realizado em São José do Rio Preto, no último dia 26.  O brigadeiro de banana, da Brigadeiro Real, levará o nome da cidade aos mais distintos cantos de São Paulo e a autora dessa receita, no mínimo curiosa, é a jovem jornalista Poliane Lemos Aragão, que deixou a área de comunicação para se tornar uma empresária do ramo gastronômico. Seus doces se tornaram conhecidos na festa de aniversário de 1 ano de sua filha Manuela, que hoje está com dois anos. Poli, como é conhecida pelos amigos mais chegados e familiares, produziu todas as guloseimas da festa da pequena Manu e, desde então, não parou mais de fazê-los sob encomenda. Com os pedidos não parando de chegar e o apoio do maridão Guilherme ela decidiu montar a Brigadeiro Real. Nem precisamos falar que o resultado foi um sucesso.

Como surgiu a Brigadeiro Real?

Na verdade a Brigadeiro Real surgiu de brincadeira. Fiz muitos brigadeiros de sabores diferentes para o aniversário de 1 ano da minha filha e no dia todos os convidados brincaram que eu já poderia começar a fazer para vender. Duas semanas depois fiz os doces para a festa da mãe de uma amiga e a partir daí meu telefone não parou mais de tocar.

Quando descobriu que sabia fazer doces?

Sempre gostei muito de fazer doces, desde pequena. O único problema é que eu fazia e logo comia tudo sozinha.

Há quanto tempo existe a Brigadeiro Real?

A Brigadeiro Real existe há 2 anos e 3 meses, idade da minha filha. A loja vai fazer cinco meses.

E o doce Brigadeiro Real, o famoso brigadeiro de banana, como  surgiu essa receita?

A loja precisava de um brigadeiro com o nome Brigadeiro Real. Muitas pessoas entravam na loja e queriam comer o Brigadeiro Real e ele não existia. Já a ideia do sabor banana foi um presente para a minha família e principalmente para o meu pai, que é doido por doce, e adora banana. Aí pensei: já que a loja vende tantos sabores de brigadeiro, por que não um de banana? Aproveitei a ideia e já dei o nome de Brigadeiro Real, já que meu pai é mesmo um rei.

Qual foi sua reação ao saber que sua iguaria havia sido selecionada?

Fiquei muito feliz. Começamos há pouco tempo e já com um presente desse, não tinha como não ficar felicíssima.

Como andam os preparativos para a grande final?

Ainda estamos digerindo o prêmio! Como agora será somente setembro, ainda temos um tempo para começar os preparativos, mas estamos ansiosos é claro.

Imaginou que um dia seus doces fariam tanto sucesso?

Não (risos) e confesso que estou achando o máximo tudo isso!

Além do brigadeiro de banana, qual de seus doces faz mais sucesso com sua clientela?

É um pouco complicado responder isso. Hoje vejo como existem gostos diferenciados. Tem pessoas que entram na loja todos os dias para comer o brigadeiro de limão e ainda levam o mesmo embora para comer mais tarde. E existem aqueles que nem tentam experimentar. Mas ainda acho que os sabores ao leite e Ovomaltine estão entre os mais cotados da lista.

E a inspiração para a confecção de seus doces?

Eu não sou sozinha na cozinha da loja. Hoje tenho uma tia, o nome dela é Iraides, trabalhando comigo que me ajuda na confecção dos doces e que também tem “mãos de fadas”. Aí você já imagina né, ideias não faltam na nossa cabeça, às vezes o que falta é tempo para colocar todas elas em prática.

Além de saborosos, seus doces são belos. Acredita naquela máxima de que primeiro comemos com os olhos?

Claro. Eu mesma não como nenhum doce (ou salgado) que não ache bonito e cheiroso.

O que te levou a deixar o jornalismo de lado e encarar essa área tão distinta?

Desculpa, mas trabalhar com a comunicação aqui em Fernandópolis é muito complicado. Já não estava mais animada com a área e no mesmo período engravidei. Aí resolvi curtir minha gravidez em casa e cuidar dos preparativos para a chegada da Manu. O Brigadeiro Real veio bem depois que resolvi deixar o jornalismo e quer saber? Acho que deveria ter feito gastronomia.

Sempre teve esse lado empreendedor?

Não. Acho que estou aprendendo a cada dia com a Brigadeiro Real.

Como foi o apoio de sua família nessa empreitada?

Não poderia ter tido mais apoio do que tive. No começo tinha um pouco de receio de abrir uma loja e foi a minha família (pais e marido) que me incentivou o máximo possível, tanto no apoio moral quanto no financeiro.

Como consegue conciliar a vida de empresária com a de mãe, esposa e dona de casa?

É Difícil. Eu ficava o dia todo colada na minha filha e hoje sinto uma falta enorme disso, mas sempre que posso levo ela para loja e mato toda essa saudade. Já com o marido é mais fácil, ele me ajuda bastante na Brigadeiro, então estamos sempre pertinho.