Claudecir dos Santos fala sobre acusa��es do delator do suposto esquema de propina da ZPE

20 de Agosto de 2025

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Claudecir dos Santos fala sobre acusa��es do delator do suposto esquema de propina da ZPE

Em entrevista ao CIDADÃO, o secretário de Desenvolvimento Sustentável de Fernandópolis, Claudecir dos Santos, se defendeu das acusações do delator do suposto esquema de propina que envolvia a ZPE, Domingos Pitaro.

Pitaro disse em entrevista ao CIDADÃO, na semana passada, que: “hoje ele (Claudecir) é ‘peixinho’ do José Ataídes e da Di Crivelli . O Ataídes era o cara que mandava e o Claudecir o que obedecia. Sabe por que falo que é peixinho? No dia 3 de janeiro de 2013 eu liguei para ele e disse que tinha toda a documentação da ZPE e que lhe apontaria onde estava a irregularidade”.

O secretário nega as acusações e garante: “nunca fui peixinho de ninguém. minha reputação é grande o suficiente para que uma pessoa desconhecida venha falar uma coisa dessa de mim”. Acompanhe:

O senhor tem conhecimento sobre tudo o que foi dito por Domingos Pitaro sobre seu nome. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Eu nunca vi essa pessoa na minha vida. Não o conheço e nunca recebi nenhuma ligação desse senhor. Ele disse que me ligou no dia 3 de janeiro de 2013, como que no primeiro dia do mandato ele estaria ligando para mim sendo que nem posse eu havia tomado direito. 

Isso para mim é uma coisa montada para desestabilizar tanto a ZPE, que eu tenho trabalhado desde o ano passado com muito carinho, muita atenção, a pedido da prefeita e tenho lutado muito para que as coisas aconteçam sem envolvimento político, e a gente não sabe até que ponto vai essa desestabilização para a parte política e acredito que isso só atrapalha Fernandópolis e a ZPE.

Posso dizer para população em geral, que dos vários investidores que encontrei, até agora, o único até o presente momento que fez proposta efetiva ao grupo Arakaki, é o pessoal da Blue Ventures, que vieram investir em um condomínio industrial e os apresentei a ZPE. Eles se interessaram e esse grupo, até agora é o único que fez proposta concreta ao Grupo Arakaki, no papel, e já está inclusive dando andamento aos projetos.

No entanto, com tudo isso saindo, eu fico chateado, até pelo fato de não ser um político, ser apenas um técnico, pois essas coisas é que atrapalham a vinda de investidores. Quando estava acontecendo aquela briga jurídica em que se discutia a permanência ou não da Ana (Bim) no cargo, eu ouvi por diversas vezes de investidores: “não, calma, vamos esperar essa situação política se estabilizar para sentarmos e conversarmos”, e, agora que a situação política se estabilizou, surge uma pessoa de fora falando que ligou para mim em 2013, que eu sou peixinho do José Ataides, enfim.

  O que eu tenho a dizer do José Ataides é o seguinte: No começo eu tive que procurá-lo, porque ele é que tinha todas as informações da ZPE e graças ao bom Deus eu tenho um bom relacionamento com todas as pessoas da cidade, não tenho inimigos e com isso consigo ter acesso as pessoas como tive a ele e o fiz para ter conhecimento sobre em que pé estava a ZPE.

Foi ai que o procurei, conversamos, ele traçou as linhas e disse que se eu encontrasse um investidor, ele teria que receber o custo de seus projetos. Esse investidor ao qual me referi, até concordou em pagar os custos dele, acha que é viável, logicamente que ele iria negociar primeiro, mas nunca fui peixinho de ninguém.

Todos me conhecem, tenho 24 anos em um banco público e dez em um banco privado e posso dizer que dos gerentes gerais mais antigos, praticamente eu é que fiquei no banco. Fernandópolis foi minha última agência, onde fiquei dez anos, ganhei todos os prêmios possíveis, era a agência que mais dava lucro na nossa regional, sempre foi uma das cinco melhores do Brasil em sua classe, enfim, acho que minha reputação é grande o suficiente para que uma pessoa desconhecida venha falar uma coisa dessas de mim.

Gostaria que, se ele tiver coragem, venha até aqui, se reúna com a sociedade fernandopolense para dizer o que ele disse no jornal, que ele falou comigo em 2013 e que eu sou peixinho do Ataides. Se ele realmente for uma pessoa digna ele o fará.

Eu quero deixar claro. Não preciso disso graças a Deus. Estou aqui na frente da pasta de Desenvolvimento a convite da Ana (Bim), desenvolvendo um belo trabalho graças a Deus, com muitos projetos, como a reforma e melhoramentos na Incubadora;
as tratativas com os responsáveis pela condução do projeto de construção do prédio do INSS e RECEITA FEDERAL; As tratativas com órgão responsável pelo aluguel do prédio do IBC, elevaram valor de R$ 6 mil para R$ 60 mil. Projeto  de cessão definitiva da União ao nosso Município protocolado em Brasília DF; adequação e motivação aos colaboradores do Banco do Povo, melhoria na qualidade do atendimento aos munícipes e elevação da produtividade. Idem ao Posto de atendimento ao trabalhador, enfim, o trabalho está sendo muito bonito, porém, fico muito chateado por uma pessoa de fora, desconhecida, cair de helicóptero aqui na cidade para fazer um arrombo desses.

O senhor fazia parte do Conselho da ZPE desde 2010. O senhor sabia, ou soube em algum momento daquela carta de credenciamento apresentada pelo denunciante?

Primeiro. Nunca, nenhuma pessoa chegou a mim, nem o Ataides e nem outra pessoa da cidade para falar disso. Ninguém sabe ou sabia da existência dessa carta até então, ai de repente, ela aparece. Jamais ele me falou eu nunca soube disso e mesmo que soubesse não poderia fazer nada, pois na verdade é um contrato particular entre duas pessoas, tem como se fazer nada.

Acredito que está se mexendo em uma ferida que já cicatrizou. Hoje nós temos é que dar um norte para os investidores da ZPE. Não pode ter esse barulho todo que tem na cidade, sempre nascendo coisas novas, mexendo no que passou, parta que aconteça o que está acontecendo, ou seja, os investidores se afastam e ai nós perdemos a ZPE.

Nas negociações que o senhor está à frente agora já foi pedido algo nesse sentido por parte do José Ataides?

Foi.  Foi pedido os R$ 2.750.000,00, que é o custo do projeto dele. Nada referente à R$ 13,5 milhões. É fácil atestar isso. Basta ligar para o proprietário da Blue Ventures, ou seu assessor e ele passa para vocês tudo o que foi pedido.

Então para um investidor chegar em Fernandópolis e começar a investir na ZPE ele só tem que comprar as área e pagar esses R$ 2.750.000,00, para o Ataides?

Eu sempre fui contra alguém pagar esse valor para o Ataides, agora se ele fez, se ele dedicou quatro ou cinco anos da sua vida a esse projeto, ele tem que conversar com o investidor separado da negociação que se tem com o Grupo Arakaki. Eu acho que ele tem que ficar fora da negociação e depois conversar com o investidor, ou então, conseguir um emprego na ZPE, não sei, ele é que tem que definir isso. Não posso falar por ele.