A Prefeitura de Fernandópolis ampliou o contrato da municipalidade com Ecoservice Engenharia, Consultoria e Operação Ambiental LTDA, responsável por receber os dejetos de construções da cidade. Com a iniciativa, a empresa que antes recebia apenas o chamado “entulho bom”, passa a receber todo tipo de entulho, atendendo a reivindicação dos caçambeiros da cidade.
Na edição de sábado, 19, o CIDADÃO trouxe em suas páginas o problema relatado por empresários que prestam o serviço de recolhimento e transporte de entulhos na cidade, os chamados caçambeiros, de que uma falha no contrato firmado entre a Prefeitura e a Ecoservice poderia inviabilizar o serviço, caso não fosse corrigida.
Isso porque no contrato constava que a Ecoservice seria responsável apenas por receber o chamado “entulho bom”, que são os restos da construção civil. No entanto, os caçambeiros alegavam que é impossível levar as caçambas para a empresa apenas com o entulho bom, pois os locadores jogam todo o tipo de resto das obras dentro delas.
“Se você locar uma caçamba, com certeza vai jogar tudo o que sobrar da sua obra dentro dela. Isso inclui pedaços de madeiras, ferros, latas. Só que quando chegamos lá para descarregar a Ecoservice só pega o entulho bom. O resto eles mandam de volta para a gente. E aí, o que fazemos com isso? Aqui não tem nenhum ponto para descarte dos outros materiais”, explicou o proprietário de uma das empresas de caçamba no dia da reportagem.
Esse problema estava fazendo com que as empresas acumulassem o “entulho ruim” em seus pátios e a falta de um lugar para depositá-los começava a inviabilizar os trabalhos de recolhimento no município.
“Do jeito que está indo não teremos mais caçambas para alugar, estarão todas ocupadas com entulho ruim aqui nos nossos pátios. Só queremos que a prefeitura corrija esse problema no contrato ou encontre uma solução. Nós não descartamos lá de graça, pagamos para isso. Precisamos de uma solução, caso contrário teremos que abandonar esse ramo e deixar que a prefeitura faça a recolhimento de entulhos em toda cidade. Da forma que está indo não está compensando para gente”, concluiu o empresário.
A SOLUÇÃO
Acontece que enquanto a reportagem era produzida, segundo consta, a prefeitura já estava tomando providências. Em entrevista para a Rádio Difusora, na manhã de terça-feira, 22, o secretário de Assuntos Jurídicos do município, Marlon Santana, afirmou que no último dia 15, data em que os caçambeiros protocolaram junto ao Legislativo um requerimento solicitando uma audiência com a prefeita, Ecoservise e empresas de caçambas, a prefeitura já havia ampliado o contrato.
“É tudo muito recente. Estamos a sete dias da assinatura do contrato, a publicação oficial deve estar sendo feita, a ordem de serviço deve estar saindo. É uma coisa muito recente. A notícia saiu no final de semana e já estava tudo praticamente pronto. Havia um contrato vigente e era necessário respeitar os termos dele, mas quando chegou perto do vencimento abriu-se nova licitação e foram contratados novos serviços e é por isso que houve essa divergência de informações, mas o importante é que o problema está solucionado”, explicou Marlon Santana.