A UNIFEV - Centro Universitário de Votuporanga - promoverá nos dias 23 e 30 deste mês uma campanha em prol do menino João Pedro, de apenas 6 anos, que necessita de um transplante de medula óssea para sobreviver. Apesar da pouca idade, ele luta bravamente contra a leucemina, que é um tipo de câncer no sangue, desde 2009.
O caso do garoto, que vive em Fernandópolis, já é bastante conhecido na região, em razão das inúmeras ações desenvolvidas por familiares e amigos, na tentativa de encontrar um “herói” para ele. Embora o quadro clínico de João Pedro seja considerado estável no momento, os pais correm contra o tempo em busca de um doador cuja medula seja compatível com a do filho.
“Nossos dias têm sido de muita angústia, mas temos fé na possibilidade de encontrar uma pessoa que nos ajudará”, afirmou o pai do menino, Claudio José dos Santos Azevedo, 32 anos.
O cadastro para quem deseja dar um final feliz a histórias como essa é bastante simples e, por essa razão, será realizado na Instituição, com o apoio dos técnicos do Hemocentro de Fernandópolis.
Os interessados em ser um doador de medula óssea só precisam ter entre 18 e 54 anos, gozar de boa saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante) e apresentar documentos como RG, CPF e o cartão do SUS, no ato da inscrição.
Segundo um dos responsáveis pela área social do Hemocentro de Fernandópolis, Vandir Rocha, quem não possui o cartão do SUS, poderá fazê-lo na hora. Porém, o registro no banco nacional de medula óssea (Redome) levará um pouco mais de tempo que o normal. Após o preenchimento de uma ficha, também é necessário coletar cerca de 10 ml de sangue do doador. Posteriormente a isso, os dados são cadastrados diretamente no Redome.
“Quem se cadastrar nessa campanha talvez não será compatível com o João Pedro, mas poderá ajudar outras pessoas que necessitam desse tipo de doação em todo o Brasil. É importante deixar claro que a pessoa cadastrada talvez nem chegue a ser procurada para uma possível doação, já que a compatibilidade é muito rara. Por outro lado, os interessados em ajudar a causa precisam estar cientes de que, um dia, podem vir a ser a única esperança de sobrevivência para alguém. E, em se tratando de vida, não dá para brincar”, pontuou.
Os cadastros poderão ser feitos no Câmpus Centro da UNIFEV em duas ocasiões: no dia 23 (das 9h às 14 horas) e no dia 30 (das 16h às 22 horas).
Quem já possui registro no Redome não precisa fazer o procedimento novamente, pois o cadastro tem validade nacional e não possui vencimento.
Outra informação imprescindível é a de que a doação é completamente sigilosa. Quem recebe a medula só pode conhecer o doador, com o consentimento deste, após um ano do procedimento.
Além de oferecer a infraestrutura necessária para a campanha, a UNIFEV tem colaborado com a causa por meio de materiais informativos e o apoio de docentes e alunos da área da saúde.
De acordo com a professora Valéria Cruz Oliveira de Castro, a comunidade acadêmica também apoiará o evento ajudando na organização e cadastro dos doadores.
“Resolvemos abraçar a causa do João Pedro não só por estarmos sensibilizados com a sua história, mas por ser uma importante ação de responsabilidade social. Nossa Instituição dispõe de espaço para realizar a campanha, assim como professores e alunos diretamente envolvidos com a saúde pública de um modo geral. Agora contamos com o apoio da população para que a iniciativa seja um sucesso e atinja seu objetivo: encontrar um possível doador para a criança”, destacou.
Doação
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer a doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas.
Nos primeiros três dias, após a doação, pode haver um desconforto localizado, amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Existe uma outra forma de obtenção das células-tronco da medula óssea, que utiliza uma máquina específica (aférese) para separar do sangue periférico (corrente sanguínea) as células necessárias para o transplante.
Nesse caso, o doador tem de receber um medicamento antes da doação, que estimula a medula óssea a liberar essas células para a corrente sanguínea. Essa técnica só é utilizada em casos específicos, sob decisão médica e com consentimento do doador.
Mais informações sobre a Campanha realizada pela UNIFEV podem ser obtidas pelo telefone: (17) 3405-9999, ramal: 956.