As 577 famílias beneficiadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal com uma casa no Jardim São Francisco, mesmo sabendo, através de sorteio, em que casa vão morar, ainda não conseguiram ocupar os imóveis. As casas já estão prontas desde junho deste ano. Na última previsão feita pela Caixa Econômica, as casas serão entregues no final deste mês.
Sabendo disso, o vereador Valdir Pinheiro esteve na sede do banco em Fernandópolis na última semana para conversar com o gerente local Raimundo. Segundo informações, algumas casas teriam apresentado alguns problemas. Além disso, a instalação de hidrômetros, que é último passo para a entrega, ainda não foi concluída.
DRAMA
Muitos moradores, ansiosos para tomar posse de suas casas, pagaram antecipadamente a taxa de registro imobiliário, no valor de R$ 401,57, que pode ser quitada até dois dias antes da ocupação.
Infelizmente, esses moradores não contavam com a demora na entrega das moradias, e muitos estão passando necessidades como falta de comida e atraso nos alugueis.
DEPENDÊNCIA
Na última sessão, os vereadores se mostraram preocupados com a falta de estrutura do local, que em breve, poderá receber novo canteiro de obras. Desta vez, para a construção de mais 500 casas.
Como as pessoas precisam de estrutura mínima para a sobrevivência, os novos moradores serão dependentes do Jardim Ipanema, um bairro que, sozinho, já não possui estrutura suficiente. Agora, com dois adjacentes desse porte, será ainda mais penalizado.
Recentemente, o CIDADÃO mostrou a dificuldade das crianças do Jardim Ipanema para frequentarem a escola. O bairro possui apenas um colégio municipal de ensino fundamental. Os que avançam para o ensino médio têm que pegar um ônibus e se deslocar para escola mais próxima, que fica a cerca de 5 km. Quando há algum proble¬ma no transporte, todos perdem aula ou encaram a caminhada.
A Unidade de Saúde da Família do bairro Ipanema também passa por problemas na reforma. Supostamente, problemas técnicos seriam o motivo da demora na entrega da reforma e ampliação da USF Carlos Gandolfi. Enquanto isso, os moradores do bairro são obrigados a receber atendimento em local improvisado.