Diretor da Ecopav diz desconhecer pagamentos da prefeitura atrav�s de cheques

20 de Agosto de 2025

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Diretor da Ecopav diz desconhecer pagamentos da prefeitura atrav�s de cheques

Em depoimento a comissão de sindicância, o economista e diretor da Ecopav, Luiz Alberto Poggio, afirmou desconhecer qualquer pagamento feito por cheques realizado pela prefeitura de Fernandópolis para a sua empresa. O executivo declarou ainda que os empenhos tidos como pagos pelos cheques investigados na sindicância constam como não pagos no financeiro da empresa.

No depoimento, Poggio afirmou que “todos os pagamentos efetuados pela prefeitura a Ecopav sempre foram efetuados mediante crédito em conta (DOC ou TED) e que nunca teria ido ao Paço Municipal receber  cheques para pagamento de débitos da prefeitura com a empresa, bem como nunca determinou que qualquer funcionário ou fornecedor assim procedesse”.

Ele disse também que nunca solicitou que a prefeitura efetuasse pagamento a empresa e que o valor desse pagamento fosse repassado a quaisquer outros fornecedores e que a empresa não possui nenhuma relação com os beneficiários do cheque.

O diretor da empresa frisou também que “em todas as cidades em que a Ecopav atua, recebe por meio de crédito em conta e não por cheques”. Por fim, ao tomar conhecimento de que um dos cheques, no valor de R$ 30 mil, teria sido sacado por Vilar, informou que o ex-prefeito nunca solicitou autorização, bem como jamais foi autorizado, a proceder levantamento de quaisquer numerários em favor da Ecopav.

VILAR

Em seu depoimento Vilar declarou que se lembra que num sábado, não sabendo precisar a data, saiu com seu carro em diligência pela cidade e viu que no centro havia lixo acumulado, quando então ligou para o almoxarifado indagando sobre esse fato, sendo informado que a Ecopav não estava trabalhando devido a falta de pagamento ao posto de combustível, isso em decorrência do município não estar fazendo os pagamentos de forma correta.

O ex-prefeito declarou ainda que ligou para o diretor de finanças Francisco Carneiro e solicitou que ele tomasse as devidas providências quanto à regularização do pagamento, quando então foi informado que havia saldo para efetuar o pagamento, porém a empresa não possuía pessoa legitimada para fins de endossar o cheque e repassar aos postos de combustível.

Completando a informação, disse que diante dessa situação ligou para o diretor de administração, José Cassadante Junior solicitando orientação de como proceder no presente caso. O ex-prefeito teria sido orientado a emitir cártulas de cheques nominais à prefeitura, com endosso, para que o proprietário do posto de combustível pudesse receber a dívida e descontar onde bem entendesse. Agindo assim, estaria normalizado o pagamento da Ecopav junto aos postos de combustíveis. Vilar informou também  que José Cassadante teria dito que o  procedimento sempre realizado a pedido da Ecopav, porém, sempre de forma verbal. No final de seu depoimento, Vilar afirmou que não conhece José Ailton Braga, o Ligeirinho, beneficiário de um cheque de R$ 30 mil endossado por ele e que também não conhece Luciandril Alves de Jesus, que recebeu outro cheque, também endossado pelo ex-prefeito, no valor de R$ 50 mil.