“Se você gosta do que faz corra atrás, não fique preso a quanto vai ganhar. Se você realiza um bom trabalho o retorno é sempre positivo. Não faça sua arte pensando sempre em você, valorize muito a relação com as pessoas que recebem sua arte”. É com os dizeres da jovem artista fernandopolense Mariana Ximenes que tem início mais uma edição da série criada pelo jornal CIDADÃO, com finalidade de exaltar e tornar público toda a gama de artistas da cidade.
Dançarina por profissão, mas, acima de tudo por vocação, Mariana, de apenas 25 anos, é destaque no mundo da dança, onde se realizam inimagináveis e belos movimentos com o corpo, hipnotizando seus espectadores e criando uma magia inexplicável. Desde a infância, passando por uma carreira de muito talento e trabalho na adolescência e hoje, alcançando ponto de destaque em uma grande cidade do Brasil, o Rio de Janeiro, Mariana é mais um dos jovens talentos fernandopolenses de qualidade “exportados” para grandes centros.
Formada em licenciatura em educação física pela Fundação de Fernandópolis e tendo bacharelado no mesmo curso pela Unifev, de Votuporanga, Mariana conta como a dança surgiu em sua vida.
“Sempre fui apaixonada por dança. Lembro que, quando criança, imitava a Claudia Raia no extinto programa ‘Não Fuja da Raia’. Meus irmãos me erguiam igual os bailarinos faziam com ela no show”, brinca a dançarina.
A dança levou Mariana a conhecer uma academia, entrando logo de cara em uma competição de grande nome no mundo da dança, a Ginastrada. “Eu não tinha dançado no festival, não sabia a coreografia. Lembro que eu ficava a tarde toda ensaiando na casa da Fernanda Lyra (hoje dentista) só pra poder aprender a dança e ir pra competição, amava minha antiga turma de jazz. Ficamos em 2º lugar, foi incrível. Essa época me marcou muito por ser justamente o primeiro festival”, diz.
A artista enfatiza a importância das professoras Lucimeire e Luciane Miotto em sua carreira e na maneira que elas a incentivaram em seus sonhos.
Perguntada sobre como os seus pais e familiares enxergavam os seus sonhos de seguir na dança profissionalmente, Mariana é enfática em dizer que sempre teve total apoio.
“Minha mãe sempre gostou de me ver dançar, ficava emocionada. É sempre assim depois das apresentações, ela fica contando para tudo mundo como foi que comecei a dançar, em casa nunca faltaram elogios para o meu trabalho. Venho de uma família de pessoas grandiosas nos seus respectivos trabalhos, todos levam muito a sério o que fazem”, conta Mari.
Depois de muito tempo trabalhando na “Corpus Academia de Fernandópolis”, Mariana buscou respirar novos ares. Sentindo necessidade de buscar conhecimentos, experiências e ver como é a realidade de grandes academias do Brasil, apostou tudo em sua capacidade buscando um novo local para continuar seus trabalhos.
“Queria fazer cursos e continuar meus estudos. Decidi, então, vir pro Rio em julho deste ano. As coisas aconteceram muito rápido, mandei currículos pra algumas academias da cidade, mas sempre tive muito interesse em uma chamada “Smart Fit”. Então me ligaram para fazer o processo seletivo deles, composto por duas fases. Passei nas duas”, conta orgulhosa a jovem dançarina.
Sobre a experiência de trabalhar em locais de grande renome no Brasil, além de ter contato com pessoas importantes do ramo da dança, Mariana explica que: “está sendo uma experiência única, as pessoas valorizam muito atividade física por aqui. As academias lotam aos domingos, não dá pra ficar parada. O mercado oferece muitos cursos e muitas atualizações. Estou aprendendo muito com os meus coordenadores”.
Para quem está buscando realização pessoal, possui algum dom ou vocação, mas tem dúvidas de levar isso como profissão, Mariana dá bons conselhos sobre a situação: “se preocupe realmente com as pessoas ao seu redor, porque são elas que farão você crescer.
Elas te darão o apoio necessário. Não adianta querer ser bailarino só porque acha prazeroso dançar, é preciso ir além, entender que sua arte é seu trabalho e fazer tudo com responsabilidade, com dedicação e muito estudo. Cito os exemplos de Naiara Gazola (bailarina da academia Corpus), João Ricardo (músico da Osfer), Renam Bozute (baterista) e Flávio Boni (dono da escola de música FB). Não bastava que eles somente gostassem do que faziam, eles correram atrás de estudar, de procurar o mercado e estão muito bem no que fazem hoje”, finaliza Mariana Ximenes.