O ex-prefeito de Fernandópolis Luiz Vilar de Siqueira (DEM) foi mais uma vez acusado de crimes de fraude em licitação, falsidade ideológica, formação de quadrilha e corrupção. A denúncia, dessa vez, partiu do Gaeco - Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado de Rio Preto, que investiga as supostas fraudes da chamada “Máfia do Asfalto”.
No mês passado Vilar foi acusado dos mesmos crimes pelo MPF – Ministério Público Federal – por suposto favorecimento em licitações ao Grupo Scamatti durante sua gestão em 2010 que somariam R$ 5,5 milhões. O MPF investiga as fraudes que envolvem verbas federais, já o Gaeco, verbas do governo do Estado.
Na denúncia protocolada pelo Gaeco junto à 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, cujo titular é o juiz Evandro Pelarin, Vilar é acusado de fraude em sete processos licitatórios - a maioria de pavimentação asfáltica – na cidade.
De acordo com os promotores, empresas ligadas ao Grupo Scamatti participavam de licitações, geralmente de pavimentação ou recape, em conluio para vencer a disputa. Para o Gaeco, o ato provocou prejuízo de “dezenas de milhões de reais” dos cofres de dezenas de municípios paulistas.
OPERAÇÃO
Em abril, Gaeco, MPF e PF realizaram a operação “Fratelli” em 78 prefeituras da região. Na época 13 pessoas foram presas, mas apenas o suposto chefe da “máfia”, Olívio Scamatti, continua detido.
De acordo com os promotores do Gaeco, foram analisados 1.570 processos de licitação feitos nos municípios. Há indícios de que a quadrilha tenha fraudado pelo menos 680 licitações em 62 municípios.