Ao contrário de uma concepção geral sobre o design gráfico - considerado um novo tipo de expressão e arte quando o assunto é transmitir uma informação, sentimento ou qualquer que seja a linguagem a ser desenvolvida - na verdade é uma velha conhecida das sociedades.
Isto porque, desde a pré-história, por meio das primeiras pinturas em cavernas, o homem já tentava passar uma informação utilizando desenhos, formas e curvas. Contudo, com o avanço da tecnologia e da internet, tornando mais rápidas as relações humanas, o designer gráfico assumiu novos papéis agora em propaganda, identidade visual ou editorias de jornais, revistas, livros entre outras formas de comunicação impressa ou virtual.
Diante disso, esta semana, o CIDADÃO traz em sua série de artistas fernandopolenses Luigui Delyer, um artista que, com apenas 24 anos de idade, é referência em designer gráfico na cidade, profissão que desempenha como sustento, mas, acima disso, com amor.
Luigui veio para Fernandópolis com apenas um ano de vida, local onde mora até hoje e fez inúmeros amigos. Seu pai, jornalista e correspondente de uma grande empresa de comunicação da capital do Estado, foi quem aproximou do menino o primeiro computador, aparelho onde começou realizar seus primeiros trabalhos. Em entrevista Luigui conta: “em 1989 meu pai ganhou um computador da Folha para utilizar em seu trabalho como jornalista correspondente. E foi neste momento que descobri o que eu realmente queria fazer da vida. Mexer com computadores não importasse em qual área”, diz o artista.
Delyer também frisou que sempre gostou da área do desenho, quando criança já realizava belos trabalhos com apenas papel e lápis na mão e foi então que, logo aos 12 anos de idade, Luigui começou a trabalhar no ramo de designer em Fernandópolis unindo o útil ao agradável. Aos 15 anos entrou para área de designer de um jornal fernandopolense, o primeiro meio de comunicação de muitos que Luigui já trabalhou.
Ao mesmo tempo não abandonou os trabalhos como freelancer, que realizou até os 22 anos. “No começo trabalhar com designer era muito difícil, os computadores não eram bons e, além disso, os softwares (programas) eram precários. Hoje ficou mais fácil realizar esses trabalhos, os programas são mais fáceis de utilizar e muita gente entrou no mercado do designer”, diz o artista.
Luigui buscou aperfeiçoar suas técnicas quando conseguiu uma certificação para utilizar os programas disponibilizados para designer de uma grande companhia do ramo. No interior paulista são poucos o que possuem este aperfeiçoamento. Além disso, o artista faz parte de uma empresa conhecida mundialmente por ser um dos navegadores para internet mais utilizados, o Mozilla. Representando o Mozilla Brasil no designer gráfico, Luigui concorre com um de seus trabalhos para a logomarca da empresa no país.
“O designer gráfico tem muitas vertentes e filosofias, hoje a pessoa que inicia no ramo tem mais facilidade por existirem muitas opções gratuitas de programas. Eu trato o designer como arte. Mudar a vida das pessoas, conceitos e causar um questionamento em quem vê os trabalhos do designer gráfico. É o maior objetivo do profissional” finaliza Luigui.