Em comemoração ao Dia Nacional da Saúde, celebrado no próximo dia 5, o CIDADÃO colheu informações de como conseguir dar o tão difícil primeiro passo quando o assunto é largar o vício do cigarro. Para ter uma ideia quanto o tabagismo é prejudicial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define que o tabagismo é a principal causa de morte evitáveis em todo o mundo.
É estimado que mais de 1 bilhão de pessoas, segundo pesquisa realizada pelo órgão, tenham vício em tabaco. Os homens lideram as pesquisas como os maiores adeptos do cigarro.
Mesmo que os maços de cigarro carreguem mensagens de alerta sobre os riscos que fumar proporciona ao dependente químico e as pessoas ao seu redor, é difícil largar o hábito. Isto porque o cigarro possui como um dos principais vilões a nicotina, substância que provoca uma das dependências químicas mais ferozes entre todas as drogas.
Geralmente os fumantes imaginam que consigam largar o hábito a qualquer momento o que, de fato, não é tão fácil assim. Por mais que o vício pareça ser fraco e controlável, qualquer frustração do dia-a-dia é descontada nas tragadas de bem estar que o cigarro proporciona. Diante disso, as abordagens da família são importantes para mostrar ao fumante o quando seu vício é prejudicial. Contudo, não quer dizer que seja somente isso que fará com que o fumante tome a decisão. É preciso força de vontade.
Pelo menos é assim que define Jorge de Oliveira Medeiros, fernandopolense de 53 anos. Ele conta que começou a fumar muito cedo, aos 12 anos de idade, em uma época que fumar tinha outra conotação, até mesmo positiva, diferente do que acontece hoje. “Na época que comecei a fumar era diferente, existia até um incentivo da sociedade para que as pessoas fumassem. Estava na moda, ainda mais para homens. O homem que fumava era visto como mais respeitado” diz o Jorge que é funcionário do Fórum de Fernandópolis.
Ele conta que foram mais de 30 anos dependendo do vício. Somente depois da morte de seu pai, também por razões relacionadas ao tabagismo, foi que Jorge resolveu dar um basta na situação. Mas não foi nada fácil, enfatiza: “geralmente o fumante é ignorante. Ele não aceita opinião da família, acha que todos estão contra ele e arranja várias desculpas para continuar no vício. Eu fumava dentro de casa, perto da minha esposa e filhos”.
Até que um dia Jorge fumou seus dois últimos cigarros e decidiu nunca mais colocar outro cigarro na boca. Já se passaram mais de seis anos desde sua opção por não fumar e ele colhe os benefícios que largar o tabagismo proporciona: “até minha casa mudou o cheiro. Hoje me sinto mais disposto, engordei e me sinto mais saudável. O homem moderno é vaidoso e o cigarro vai contra isso, deixa a pessoa com aspecto ruim dentro e fora do corpo” enfatiza Jorge.
Dicas parar largar o tabagismo
1 - Decisão definitiva - Não fique em dúvida, tenha em mente o desejo de realmente querer parar de fumar e não volte atrás na decisão. Esta é a mais difícil das etapas por se tratar do passo inicial.
2 - Grau de dependência - É preciso ter senso critico quanto à questão: consigo parar de fumar sozinho ou preciso de ajuda médica? A resposta auxilia e muito nos caminhos a serem traçados.
3- Elabore uma estratégia levando em consideração as circunstâncias que podem ser mais adequadas para largar o tabagismo, como período de férias ou momentos de tranquilidade pessoal.
4- Diminuir aos poucos o número de cigarros consumidos por dia pode ajudar a amenizar os sintomas da abstinência, contudo é preciso ter em mente que você irá largar o vício em determinado dia.
5- Mudar hábitos e praticar exercícios físicos é essencial para o organismo assimilar melhor a dependência do cigarro e desviar o foco.
6- Pastilhas e gomas de nicotina podem ajudar, contudo é sempre bom acompanhamento médico nestes casos.
7- Para aguentar a abstinência, escovar os dentes com frequencia, comer frutas, ter um hobby, praticar exercícios e se distrair são importantes para não ter recaídas.
