Depois de quase perdermos a verba, liberada desde o início de 2010, destinada a instalação da UPA – Unidade de Pronto Atendimento – devido a demora da administração anterior em tirar o projeto do papel, eis que um novo projeto foi elaborado, a unidade “reconquistada” e, o terreno que abrigará a benfeitoria definido.
A nova área, segundo a prefeitura, fica ao lado da CEMEI Ângelo Finoto na Avenida dos Arnaldos e, abrigará 900m² de construção, com boas divisões, constando todos os ambientes necessários de forma funcional, o que gerou elogios por parte do engenheiro do Ministério da Saúde responsável pela aprovação do projeto.
A QUASE PERDA
No dia 18 de fevereiro de 2010, o Governo Federal liberou a primeira parcela de R$ 140 mil, para o início da implantação da UPA 24h em Fernandópolis. O recurso era proveniente da Assistência Ambulatorial e Hospitalar Especializada.
Na época, a Unidade seria construída na Avenida Getúlio Vargas, próximo à ETEC “Centro Paula Souza”, em terreno da Prefeitura, na mesma área onde seria instalado o SAMU.
Na oportunidade, a assessoria de imprensa do ex-chefe do executivo Luiz Vilar de Siqueira, informou que: “a Unidade será de nível I e oferecerá serviços 24 horas com a disponibilidade de pediatra e clínico geral, além de equipe de enfermeiros para procedimentos básicos, o que deve minimizar a demanda pelos serviços prestados na Santa Casa de Fernandópolis, pelo Pronto-Socorro”.
Mas o tempo se passou e nada foi feito. Já em outubro, o ex-prefeito decidiu tocar de novo no assunto e divulgou no site da prefeitura que acabara de “homologar o termo de contratação da empresa Sparton Construções e Incorporações Imobiliárias Ltda, que vai construir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Fernandópolis”.
Nesse novo texto, divulgado pela prefeitura, a UPA já não seria mais implantada na Getúlio Vargas e sim na Avenida Raul Gonçalves Junior, na antiga sede esportiva do Tênis Clube. A assessoria de Vilar ainda reforçou a informação, dizendo que: “o serviço começa a ser executado nas próximas semanas”.
Porém, essas próximas semanas não chegaram. Quase dois anos depois o Tênis Clube foi vendido pelo mesmo prefeito que outrora havia anunciado o UPA naquele local, a verba continuava disponível, mas Vilar parecia não ter interesse em desafogar o atendimento da Santa Casa.
Toda essa demora fez com que o município quase perdesse a benfeitoria, segundo a atual prefeita de Fernandópolis Ana Maria Matoso Bim. Em exclusiva ao CIDADÃO, ela afirmou que tomou conhecimento da possível perda e correu para Brasília, antes mesmo de assumir a prefeitura.
“Após vencer as eleições em outubro de 2012, fui informada de que o Ministério da Saúde pretendia recolher o recurso liberado em 2010 para a construção da UPA em Fernandópolis devido ao prazo para início da construção já estar excedido. Em novembro viajei até Brasília para conversar com a equipe responsável pela Urgência e Emergência do Ministério e na ocasião assinei um documento comprometendo-me a construir a UPA, garantindo a unidade em nosso município”, afirmou a prefeita.
Agora, de acordo com a prefeitura, o novo projeto já está aprovado pelo Ministério da Saúde e o setor de Obras do município está finalizando o memorial descritivo, para que possam ser realizados os trâmites necessários a licitação. Assim que todos os atos burocráticos forem concluídos, a obra será iniciada.
“Tratando-se de uma obra tão grande e complexa é necessário cuidado e atenção para que nada saia errado, mesmo porque desejamos que a UPA seja tecnicamente adequada, atingindo o padrão preconizado para melhor atender a população de Fernandópolis”, completou a prefeita.
Ainda de acordo com Ana Bim, ao contrário do que se dizia, Fernandópolis tem sim condições de manter uma UPA.
“ Nossa administração se dedica a trabalhar com economicidade, no entanto fornecendo ao munícipe de Fernandópolis serviços com qualidade e resolubilidade. Desta forma, com toda certeza teremos condições de manter não só a UPA em funcionamento como todos os demais serviços que devem ser implantados ao longo deste ano de 2013”, concluiu.