Quando estiver pronta, a Ferrovia Norte-Sul irá conectar o Noroeste paulista a Belém (PA). O andamento das obras no trecho que corta a região é o mais adiantado entre os cinco lotes da Extensão Sul da ferrovia e ligeiramente mais avançado em relação ao cronograma geral de todo projeto.
A integração nacional através dos trilhos espera reduzir os custos de comercialização no mercado interno, melhorar o desempenho econômico de toda a malha ferroviária, aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no Exterior, incentivar os investimentos, a modernização e a produção agrícola e melhorar a renda e a distribuição da riqueza nacional. A estimativa é que o escoamento da produção reduza o frete em 30% em relação ao do rodoviário.
O trecho Ouro Verde/Estrela vai atravessar o sul de Goiás, a extremidade oeste de Minas Gerais e o extremo oeste de São Paulo. A maior parte da ferrovia, 60% dela, será construída em terras goianas, passando por 26 municípios. No Estado de Minas, a ferrovia passará por cinco cidades, dentre elas Iturama e Carneirinho.
ESTRELA D’OESTE
O entroncamento da Ferrovia Norte-Sul em nossa região será em Estrela D’Oeste, com previsão para início das obras de 2014 e conclusão em 2019.
Com o canteiro de obras instalado em Estrela D’Oeste, a cidade precisará de estrutura necessária para receber os profissionais envolvidos no projeto. Os comerciantes já começam a se mobilizar para atender a demanda, principalmente nos setores de hotelaria, saúde, educação e alimentação.
Com a Ferrovia Norte-Sul, a região se tornará o mais importante polo industrial do país. Para que o entroncamento fosse localizado em terras paulistas, houve a interferência e insistência de Vadão Gomes.
Na época, o empresário que era deputado federal, precisou estudar para debater o assunto com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. “Aprendi muito sobre relevo, ferrovias. Queria debater o assunto técnica e politicamente. Além disso, precisei trabalhar em silêncio para viabilizar o projeto. O primeiro passo foi provar que a ferrovia seria mais viável que a hidrovia”, explica.
Atualmente fora da política, Vadão diz sentir falta de alguém que tome a frente e lute pela causa. E vai mais além: “Fernandópolis é a cidade que mais tem condições de receber um terminal. Para isso, precisaria criar estrutura para receber os novos moradores. Será necessária a construção de aproximadamente 1500 casas. Essas pessoas precisarão de estrutura mínima. Estamos falando de uma cidade com cerca de cinco mil habitantes”, diz o empresário.
Sobre o atraso das obras e o não cumprimento dos prazos, Vadão acredita que seja pelos casos de corrupção e fraudes em licitações. Segundo informações, haverá troca na diretoria da Valec em breve.