Na última quarta-feira, dia 3, médicos e estudantes de medicina da cidade tomaram a Praça da Matriz em adesão à paralisação nacional da classe que busca melhorias nas condições de serviços, salário, plano de carreira, estrutura dos hospitais e, principalmente, em protesto à decisão da Presidência da República em importar médicos estrangeiros no país.
O protesto reuniu cerca de 50 pessoas entre atuantes da área e estudantes que, por meio de cartazes e o famoso nariz de palhaço, diziam palavras de ordem, além de pedir atenção das autoridades sobre vários aspectos ligados ao investimento na saúde pública e melhores condições de repasses do SUS. O grupo enfatizou não ser contra a importação de médicos estrangeiros, desde que os mesmos passem pelos mesmos métodos de avaliação que o governo estabelece à categoria no Brasil.
Nádia Mattia, uma das organizadoras e porta voz do protesto na cidade, enfatizou sobre a importância de um olhar mais aprofundado sobre questões estruturais das condições de trabalho dos médicos. Hospitais sucateados e a falta de infraestrutura encontrada pelos profissionais podem ter reflexos negativos na atuação da categoria. “Em alguns lugares querem pagar dois mil reais aos médicos. Nossa profissão exige muita responsabilidade e parece que o governo não enxerga isso. Não fazemos a saúde do Brasil sozinhos”, informou a médica.
Pacífico, o protesto foi acompanho por policiais militares e populares que apoiavam a iniciativa dos médicos. Nádia ressaltou que o protesto é voltado à categoria da saúde, mas que está aberto a toda a população em prol de melhorias no setor. Como parte do protesto, o atendimento em postos de Saúde da cidade foi paralisado com exceção ao atendimento de urgência e emergência.