Onda de protestos chega ao setor da saúde

20 de Agosto de 2025

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Onda de protestos chega  ao setor da saúde
 Insatisfeitos, médicos fernandopolenses aderem à paralisação nacional da classe em busca de melhorias nas condições de trabalho

Na última quarta-feira, dia 3, médicos e estudantes de medi­cina da cidade tomaram a Praça da Matriz em adesão à para­lisação nacional da classe que busca melhorias nas condições de serviços, salário, plano de carreira, estrutura dos hospitais e, principalmente, em protesto à decisão da Presidência da Re­pública em importar médicos estrangeiros no país.

O protesto reuniu cerca de 50 pessoas entre atuantes da área e estudantes que, por meio de cartazes e o famoso nariz de palhaço, diziam palavras de ordem, além de pedir atenção das autoridades sobre vários aspectos ligados ao investimen­to na saúde pública e melho­res condições de repasses do SUS. O grupo enfatizou não ser contra a importação de mé­dicos estrangeiros, desde que os mesmos passem pelos mesmos métodos de avaliação que o governo estabelece à categoria no Brasil.

Nádia Mattia, uma das orga­nizadoras e porta voz do protes­to na cidade, enfatizou sobre a importância de um olhar mais aprofundado sobre questões estruturais das condições de trabalho dos médicos. Hos­pitais sucateados e a falta de infraestrutura encontrada pelos profissionais podem ter refle­xos negativos na atuação da categoria. “Em alguns lugares querem pagar dois mil reais aos médicos. Nossa profissão exige muita responsabilidade e parece que o governo não enxerga isso. Não fazemos a saúde do Brasil sozinhos”, informou a médica.

Pacífico, o protesto foi acom­panho por policiais militares e populares que apoiavam a iniciativa dos médicos. Nádia ressaltou que o protesto é vol­tado à categoria da saúde, mas que está aberto a toda a popu­lação em prol de melhorias no setor. Como parte do protesto, o atendimento em postos de Saúde da cidade foi paralisado com exceção ao atendimento de urgência e emergência.