Tem quem afirme que o entardecer no São Bernardo é ainda mais bonito. Dizem que ali tem cara de infância antiga. Aquela de ralar os joelhos, de brincar na areia, de sujar as meias. Todos os dias, por volta das 17 horas a pracinha começa a receber os primeiros visitantes. São crianças de todas as idades e de vários bairros da cidade.
Quem observa tudo bem de perto é o senhor Preto, dono da lanchonete Pinhel, que fica ao lado do parquinho. Lugar privilegiado para quem gosta de alegria. E ele gosta. Tem três netos e está ansioso com a chegada de mais um, previsto para vir ao mundo emfevereiro de 2014.
Morador do bairro há 50 anos, Edson Pinhel, o Preto, conta que quando chegou ali, o São Bernardo era um grande cafezal. Ele acompanhou de perto o desenvolvimento do lugar. Há 12 anos, resolveu comprar a lanchonete da Praça. Um negócio que virou realização pessoal e emprega a esposa Gilda, o filho Alisson, a nora Francieli e a funcionária Maisa.
Servindo uma mesa aqui outra ali, ele divide o tempo entre o trabalho e o zelo pelo lugar. “Com a reforma da praça, muitas famílias começaram a frequentar aqui. Para que elas continuem vindo é preciso cuidar bem do parquinho, e é isso que eu faço. Essa semana mesmo, já entrei em contato com uma fábrica de Rio Preto que fornece as argolas do balanço. Já depositei o dinheiro e estou esperando as peças para fazer a troca. Faço tudo com muito carinho”, conta Preto, que pretende num futuro próximo bancar a pintura do parquinho.
REIVINDICAÇÃO
A grande movimentação do lugar acabou gerando algumas necessidades. A maioria dos frequentadores reclama da falta de banheiros e de uma pia para lavar as mãos. Do resto, é só alegria, a marca registrada do lugar.