A descoberta das duas rodas

20 de Agosto de 2025

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A descoberta das duas rodas
 É cada vez mais presente na sociedade brasileira o pensamento voltado à economia e a busca por produtos que ofereçam qualidade aliada ao custo-benefício.

Quando o assunto é um meio de locomoção motorizado, a regra não faz exceção. O brasileiro, nos últimos anos, descobriu a motocicleta como parceira, seja na labuta diária ou no hobby de fim de semana. A busca por rapidez, agilidade, baixo consumo e manutenção irrisória inundaram o trânsito das cidades de motocicletas.

Pelo menos é assim que Toninho Assis, gerente da Azamoto de Fernandópolis, enxerga o mercado. Definindo quatro classes principais dos atuais públicos que aderem à moto como meio de locomoção, Toninho vê o mercado extremamente agitado, tanto em motos de entrada, aquelas de pequena cilindrada e baixo consumo de combustível - chegando a ser três vezes menor que de um carro -, quanto nas motos esportivas, utilizadas para hobby e viagens por aqueles apaixonados por duas rodas.

O primeiro público, segundo Toninho, fica enquadrado no grupo de pessoas que aderem principalmente às motonetas, motos de fácil maneabilidade e de câmbio sequencial onde não se faz uso da tão temida embreagem. O público feminino é um dos mais adeptos deste tipo de moto que chega a fazer 55 quilômetros com apenas um litro de combustível, uma economia exorbitante e incomparável se medida com um carro, por exemplo, que em média faz de 10 a 15 quilômetros com um litro.

A facilidade de compra é outro fator levado em consideração por aqueles que desejam ter a sonhada primeira moto. Segundo Toninho, o consórcio de motos de baixa cilindrada é muito acessível, chegando a ser de apenas R$ 82,50 mensais em alguns modelos.

Partindo para as motocicletas, estas que, basicamente, já possuem cilindradas mais potentes entre 125 e 150cc, além de fazerem o uso de cambio com embreagem manual, tem em seus principais compradores a característica de utilização da moto, principalmente, para o trabalho.

Voltado ao ramo de entregas, transporte de pessoas, ao comércio ou a indústria de forma geral, estas motos são as preferidas pela robustez e a eficiência com que aguentam os “trancos” e as condições de trabalho do dia-dia. Em torno de 6 mil reais, os compradores possuem também a alternativa do consórcio de preço acessível, em torno de R$ 100 mensais.

As motos médias, como o caso das 250 cilindradas, são as preferidas pelo grupo de pessoas que buscam potência, conforto e preço baixo. Estas motos aliam a facilidade em encurtar distâncias ao mesmo tempo em que já enfrentam melhor as rodovias. Com preços em torno de 10 a 15 mil reais, são ótimas alternativas para pessoas que viajam grandes distâncias todos os dias. O consórcio é uma boa alternativa, mas ultrapassa os R$ 200 por mês.

O último grupo de pessoas adeptas às duas rodas procura exclusividade, conforto na condução e, principalmente, desempenho. Com cilindradas acima das 600, estas motos foram feitas para as rodovias, mesmo que consigam ser facilmente domadas na cidade. Não são concebidas com intuito de economia financeira, mas são acessíveis ao público perto daquilo que podem disponibilizar aos seus condutores, custando em torno de R$ 30 mil.

Toninho Assis denota que a procura por motos nas concessionárias é tão grande que as próprias fabricantes não conseguem atender a demanda, principalmente das motos de menor valor, existindo até uma fila de espera. O brasileiro se apaixonou por motos, assim como já era apaixonado por carros. “A moto proporciona lazer, saída da rotina, promove encontros entre amigos, a troca de conhecimentos, além da descoberta de novos lugares e o aumento da experiência de vida. Hoje, todas as classes sociais buscam a moto como alternativa”, enfatiza.

Quem deseja uma moto também deve colocar na ponta do lápis os preços de documentação que englobam o DPVAT (em torno de R$ 300 reais), o emplacamento (R$ 100), o licenciamento, que não passa dos R$ 50, e o IPVA que é calculado de acordo com o valor final do veículo.