Hoje tem reunião para organizar manifestação em Fernandópolis

20 de Agosto de 2025

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Hoje tem reunião para organizar manifestação em Fernandópolis
 Já não se trata apenas da redução do preço das passagens de ônibus, trata-se de um "acordar do povo", como dizem os manifestantes pelas redes sociais. O movimento começou na capital de São Paulo e tomou grandes proporções, chegando à Fernandópolis.

Hoje, as 18h30, um grupo de pessoas se reunirá na Praça da Matriz para organizar a passeata pacífica e apartidária que acontecerá no próximo sábado, dia 22, a partir das 9h, também na Praça Joaquim Antonio Pereira. Organizando-se pelo Facebook, mais de 400 fernandopolenses já confirmaram presença.

Segundo a descrição do evento, a manifestação tem o intuito de "repudiar os abusos e a repressão da liberdade de expressão e de reunião pacífica que tem ocorrido em nosso país. Não se trata de R$0,20 centavos, trata-se de direitos! Devemos também, lembrar e nos voltar para nossa cidade e exigir Políticas Públicas, a melhora de nossa Santa Casa e, além de tudo, um Maior Planejamento de nossa Cidade! Fernandópolis, que tipo de cidade queremos para nós? O Gigante acordou! Não deixemos passar a oportunidade de mostrar a cara, e dizer NÃO! Não os abusos diários, NÃO a essa Enorme Carga Tributária que atinge a todos e a baixa qualidade dos serviços públicos!"

Os manifestantes que estão aderindo a campanha já trocaram as fotos de perfil por imagens da bandeira brasileira ou por uma que diz "vem pra rua".

 

CIDADES

Mais de 200 cidades espalhadas pelo Brasil e pelo mundo já têm manifestações confirmadas para os próximos dias, algumas com o objetivo de contestar problemas específicos ou por solidariedade ao movimento, inclusive Votuporanga e São José do Rio Preto.

Cerca de 150 brasileiros se reuniram em San Diego, na costa oeste dos Estados Unidos, neste domingo (16), em solidariedade aos protestos contra o aumento da tarifa do ônibus, metrô e trem que acontecem nas cidades do Brasil. Na cidade de Boston, em Massachusetts (EUA), um grupo formado por pesquisadores, trabalhadores, voluntários e estudantes se reuniu neste domingo para dar "apoio às manifestações e contra a violência e repressão policial que os cidadãos de São Paulo têm sofrido".

Nos Estados Unidos, na cidade de Nova York, os brasileiros tiveram dificuldades para realizar o evento no Central Park. Cerca de cem manifestantes, a maioria estudantes na faixa de 20 anos, se reuniram no local com cartazes. Contudo, o movimento teve de ser remarcado devido à falta de permissão da polícia local para a realização do evento.

 

MANIFESTAÇÃO

Na última quinta-feira, dia 13, o confronto entre manifestantes e PMs começou quando a polícia tentou impedir o grupo de prosseguir a passeata contra o aumento dos ônibus pela rua da Consolação e chegar à avenida Paulista, uma das vias mais importantes da cidade e que dá acesso a diversos hospitais. Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.

No dia 7, o segundo dia de protestos, os manifestantes fecharam a pista local da marginal Pinheiros, na zona oeste de São Paulo por volta das 19h20. Policiais que acompanhavam os manifestantes usaram bombas de gás lacrimogênio e tiros de borrachas para dispersar os cerca de 800 manifestantes.

O grupo havia se concentrado na avenida Faria Lima e seguiu pela avenida Eusébio Matoso até a marginal Pinheiros, onde bloquearam as pistas expressa e local no sentido Castello Branco.

No primeiro dia de protestos, dia 6, os manifestantes chegaram a bloquear a avenida Paulista. Para conter o movimento, a PM usou gás lacrimogênio e tiros de bala de borracha para reprimir a manifestação, o que provocou correria. A Força Tática esteve no local. Os organizadores apontam que ao menos 30 pessoas ficaram feridas.