Uma voz e um violão como forma de emocionar. Samuel Silas de Oliveira, o artista da série “Fernandópolis: uma cidade recheada de artistas” desta semana une a batida do seu violão, os solos de gaita, a serenidade da voz e a indescritível sensação de cada show para levar ao seu público, a música como algo universal, cheio de sentimentos que alegram os que a ouvem e presenciam suas atuações.
Natural de General Salgado, Samuel não é filho de Fernandópolis, mas sua carreira profissional é tão enraizada na cidade que é como se fosse. Profissionalmente, atua na cidade como cantor de barzinhos em várias casas noturnas, como também em festas particulares. “O público é sempre muito educado e participativo, praticamente uma cidade muito boa, de pessoas maravilhosas, de bares muito bons”, enfatiza o cantor.
O talento de Samuel, como o próprio cantor revela, apareceu naturalmente em sua vida. Autodidata, ele aprendeu o que era música batucando nas panelas de casa, cantando alto pelos corredores e deixando os nervos de seus pais à flor da pele. O apoio dos pais foi fundamental para que ele persistisse no sonho de ser cantor. Após sua primeira apresentação, o pai de Samuel se rendeu ao talento do filho. “Meu pai, que não acreditava muito em mim, até me deu minha primeira bateria. Toda essa manifestação de apoio e reconhecimento foi importante demais, não só musicalmente, mas também como pessoa. Isso nos dá força, vontade de seguir em frente e estar sempre tentando o melhor”, diz Samuel.
Samuel também divide a música com outra paixão em sua vida. O cantor também possui formação em matemática, pedagogia e libras. Professor, ele diz que não consegue escolher entre as duas áreas de atuação profissional. “São dois universos paralelos que andam lado a lado. Então, eu tenho uma interação muito boa entre as duas linhas, tanto que não existe certa divisão no meu conceito e, sim, uma interação”, conta. Segundo ele, cantar ao vivo em barzinhos faz com que ele aprenda muito dando confiança e base, além de desenvoltura para ser professor.
Perguntado sobre como é a vida de quem toca na noite, Samuel define que tocar na noite é algo muito bom. “É muito legal, mas requer cuidados tanto com a voz, com corpo e também com público que está vendo seu show”. A escolha da música certa no momento certo também faz a diferença na qualidade do trabalho apresentado. “Todas as pessoas que estão ali me vendo cantar são especiais e, por isso, o trabalho precisa ser feito com carinho”, ressalta.
Quem possui vontade de ser um cantor da noite ou somente levar a música como forma de expressão, Samuel argumenta que o importante é buscar a felicidade. “Para aqueles que têm esse dom, sei que isso lhe faz muito feliz e a felicidade só vai ser verdadeira quando compartilhada. Então, compartilhe disso com o mundo”, finaliza.